Addis Abeba– Mais de dois mil e 500 judeus etíopes puseram termo à sua greve de fome que durou quase uma semana para reclamar pelo reconhecimento da sua comunidade por Israel, depois de um deles morrer e mais de 40 outros serem hospitalizados, segundo informa a imprensa etíope hoje (sábado).
A comunidade judaica iniciou a greve da fome segunda-feira para obrigar Israel a repatriá-los para o que eles consideram como a Terra Prometida.
Eles renunciaram à greve quinta-feira, na sequênca da morte dum membro da sua comunidade. Duas das 40 pessoas hospitalizadas estão num estado crítico, segundo o jornal “Sub Saharan”.
Até agora, nenhum comunicado oficial foi publicado pela Embaixada de Israel em Addis Abeba sobre a questão.
O Governo israelita ignorou os seus pedidos repetidos depois de os judeus etíopes se instalarem em Addis Abeba provenientes da sua cidade natal de Gondar, situada no norte da Etiópia, indicou o representante da comunidade.
Cerca de seis mil judeus etíopes (Felasha-Muras) passaram quase uma década perto da Embaixada de Israel em Addis Abeba, esperando beneficiar de documetos de viagem prometidos por Tel Aviv.
O número de judeus etíopes estima-se em mais de 300 mil e quase 32 mil deles esperam ser repatriados para Israel.
Os judeus etíopes que foram enviados a Israel sofrem de isolamento e de racismo, apesar das garantias do Governo israelita segundo as quais ele tomaria disposições para a sua integração.
Angop