Fala machista e sem educação de Abel Ferreira não pode ficar sem resposta

Foto: reprodução-SPFC NET.

Por Professora Francisca

Ao responder uma pergunta feita pela jornalista Alinne Fanelli, o técnico da Sociedade Esportiva Palmeiras, Abel Ferreira, em entrevista coletiva no sábado (24), revelou o quanto o machismo precisa ser combatido em todas as esferas.

No esporte, essencialmente no futebol, não é diferente. Ainda mais em um dos raríssimos clubes presididos por uma mulher. A resposta arrogante, mal-educada e profundamente machista não condiz com a nossa luta por igualdade de gênero e por respeito a todas as pessoas. Além disso, o referido técnico desrespeitou uma trabalhadora no exercício de sua profissão.

Ao ser perguntado por Alinne sobre o jogador Myke, que voltava de uma contusão e saiu ainda no primeiro tempo do jogo pela mesma contusão, Abel disse: “Uma coisa que vocês têm que entender é que tenho que dar satisfação a três mulheres só: minha mãe, minha mulher e a Leila (Pereira, presidenta do Palmeiras)”.

Com essa afirmação espúria, o técnico português não foi machista somente com a Alinne, e sim com todas as mulheres. Sendo que nenhum pedido de desculpa o redime, a não ser que esse pedido fosse sincero e dirigido a todas as mulheres e o técnico se prontificasse a combater o machismo em todas as suas formas. Ainda mais quando o pedido de desculpa tenta minimizar a gravidade de sua atitude misógina e grosseira.

Porque não se pode admitir, em pleno século XXI, que um homem qualquer no alto de sua arrogância desconsidere de forma tão tacanha uma mulher no exercício de sua profissão. Então, senhor Abel Ferreira, a sua resposta não foi um simples mal-entendido, mas machismo em toda a sua perversão.

Abel precisa aprender a respeitar todas as pessoas e guardar o seu rancor para as suas incongruências. Por isso, todo apoio a Alinne Fanelli. Porque respeitar as mulheres significa respeitar a humanidade e a vida.

Como disse a jornalista: “Saio deste episódio triste, porque nunca passei por uma experiência desagradável como essa em 17 anos de profissão, mas me sentindo fortalecida como profissional e, principalmente, como mulher”.

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