Em uma demonstração de força e unidade, trabalhadores dos Correios em São Paulo, Rio de Janeiro e Maranhão decidiram deflagrar greves por tempo indeterminado. As assembleias realizadas nas duas cidades foram marcadas por uma expressiva participação e rejeição unânime às propostas da empresa, evidenciando a determinação das categorias em lutar por condições de trabalho justas e dignas. Em São Paulo, a assembleia ocorreu no Unidos do Peruche, enquanto no Rio de Janeiro, o Clube Municipal foi o palco da mobilização. Ambos os eventos destacaram a insatisfação com a gestão dos Correios e a urgência de atender às reivindicações dos trabalhadores.
São Paulo
Durante a assembleia, os trabalhadores expressaram de forma enfática seu descontentamento com a proposta apresentada, exigindo “reajuste salarial já e redução no custeio dos planos de saúde”. A proposta da empresa foi rejeitada, e a decisão pela greve foi amplamente respaldada pela categoria. Os trabalhadores deixaram claro que não aceitarão mais “cheques sem fundos” de uma administração que não cumpriu o acordo coletivo anterior.
O presidente do SINTECT-SP, Elias Diviza, destacou a mobilização como um sinal claro de unidade e determinação. “Não aceitaremos propostas que não atendam às nossas necessidades básicas e não confiaremos em quem não cumpriu acordos passados. Nossa greve é uma ferramenta essencial para garantir que nossos direitos sejam respeitados e atendidos”, afirmou Diviza.
O SINTECT-SP reforçou a importância de manter a mobilização, orientando todos os trabalhadores a realizarem piquetes em suas unidades e enviarem fotos para aumentar a visibilidade da greve. A participação ativa é considerada crucial para fortalecer a luta e assegurar que os direitos da categoria sejam conquistados.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, a Assembleia dos Trabalhadores dos Correios decidiu pela greve por tempo indeterminado e contou com uma presença massiva, demonstrando a insatisfação com a proposta da empresa e a postura do presidente dos Correios, Fabiano.
Os trabalhadores rejeitaram a proposta, que não atendeu às principais reivindicações da categoria: reajuste salarial imediato e redução do custeio do plano de saúde. Após mais de um mês de negociações e 14 reuniões, a proposta final foi vista como um “cheque sem fundos”, vindo de uma administração que não cumpriu acordos anteriores.
A Assembleia também expressou um forte pedido de “fora Fabiano”, devido à falta de implementação da redução da coparticipação no plano de saúde, prevista desde janeiro. O SINTECT-RJ orientou os trabalhadores a manterem a mobilização, realizando piquetes e enviando fotos para aumentar a visibilidade da greve e fortalecer a luta pelos direitos da categoria.
Carta Aberta FINDECT e Sindicatos filiados - colorida