A gestão da Petrobras é objeto de uma disputa acirrada entre os que querem orientar a estatal a favor do desenvolvimento nacional e os neoliberais, arautos do chamado mercado, que desejam a todo custo subordinar a empresa aos interesses menores dos acionistas, sobretudo estrangeiros, que querem abocanhar todos os lucros da petrolífera transformando-os em dividendos.
Este conflito de interesses, obscurecido pelas narrativas ideológicas, é também o pano de fundo da dança de cadeiras na presidência da Petrobras.
Magda Chambriard, escolhida por Lula para substituir Jean Paul Prates, parece mais afinada com a defesa das bandeiras do presidente em relação à gestão da empresa e disposta a confrontar os interesses do “mercado”.
Ela se comprometeu com investimentos em refinarias, gás e fertilizantes e também com o revigoramento da indústria naval, que foi desestruturada pelos governos Temer e Bolsonaro.
A reversão da política privatista no caso das refinarias, o resgate da política de conteúdo local e a proteção dos estaleiros nacionais são iniciativas essenciais ao êxito do projeto de reindustrialização da economia.
Os petroleiros também estão esperançosos de que a nova gestão da estatal favoreça os propósitos do governo e as necessidades da nação.
“As ideias de Magda Chambriard, especialista na área, coadunam com as da FUP em relação ao fortalecimento da indústria naval nacional, conteúdo local, ampliação do parque de refino”, afirmou o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros, Deyvid Barcelar,
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