Artigo da revista Criminal Justice Policy Review, em novembro, vê falta de avanços na classificação de países quanto às atuações contra o tráfico de pessoas, elaborada anualmente pelo Departamento de Estado dos EUA
A revista Criminal Justice Policy Review publicou, no último dia 9 de novembro, um estudo que busca aferir a eficácia do relatório anual divulgado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos. Na edição deste ano, os EUA se auto-avaliaram pela primeira vez e também apontaram uma série de problemas com relação ao Brasil, além de sugerir recomendações.
O estudo “The Efficacy of the Trafficking in Persons Report: A Review of the Evidence”, elaborado por Alese Wooditch, da Universidade George Mason, conclui que a classificação em grupos de países (conforme os respectivos empenhos no combate ao tráfico de pessoas, sob o prisma do governo norte-americano) não evoluiu ao longo do tempo. Em 2010, o relatório foi apresentado pela 10a vez consecutiva após o seu lançamento, em 2000.
A alocação de fundos baseados nas recomendações decorrentes do sistema de classificação do relatório anual é falha, complementa a mesma análise. Indicações de políticas com relação ao combate ao tráfico de pessoas e implicações para futuras pesquisas também são discutidas.
A revista trimestral Criminal Justice Policy Review (CJPR) é uma publicação acadêmica multidisciplinar dedicada ao estudo de políticas de justiça criminal por meio de abordagens metodológicas quantitativas, qualitativas e mistas. Fundada em 1986, a CPJR serve de ponte entre acadêmicos, tomadores de decisão e gestores públicos e se dedica especialmente ao exame da implementação e da eficácia de iniciativas relativas ao tema.
Fonte: Repórter Brasil