CTB-PA participa do 1° de Maio unificado

Na manhã da última quarta-feira (1º), Dia do Trabalhador, a Praça da República recebeu centenas de pessoas em um ato político-cultural promovido por sete centrais sindicais. Com representantes da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), intersindical e Pública, o evento teve como objetivo apresentar reivindicações por melhores condições de trabalho e uma vida digna para os trabalhadores paraenses, além de confraternizar com a população de Belém (PA).

Cleber Rezende, presidente da Seccional Pará da CTB (CTB-PA), ressaltou que o ato 1º de Maio Unificado foi realizado após uma convocação nacional e tomou as ruas de várias cidades do Brasil, sob o tema “Por um Brasil Mais Justo”, destacando seis bandeiras de luta: emprego decente, correção da tabela do Imposto de Renda, juros mais baixos, valorização do serviço e dos servidores públicos, salário igual para trabalho igual e aposentadoria digna.

“A nossa avaliação do ato foi muito positiva. Nós conseguimos fazer um ato unificado, um ato bonito, que dialogou com a Sociedade do Pará sobre as pautas que buscam um Brasil mais justo, que inclua os direitos para a classe trabalhadora, para os homens e as mulheres que constroem a riqueza desse país. Com essa parceria com a Prefeitura de Belém, pudemos prestar um conjunto de serviço para a população e ter um ato cultural com o Arraial do Pavulagem, com MC Dourado, e com a Banda da Guarda Municipal de Belém, então, foi um ato festivo e politizado. E a CTB, nesse meio, reuniu a maioria dos seus sindicatos, dialogou com a sociedade e construiu pautas em defesa do Brasil, da democracia e dos direitos da classe trabalhadora!”, celebrou Cleber Rezende.

O Prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL), se fez presente no evento, destacando a parceria da administração pública municipal com os sindicalistas para realização do ato. “O mundo inteiro passa por transformações que são muito negativas para os trabalhadores. O lucro é acumulado por um número cada vez menor de empresas. São muitos bilhões que vão provocando ao mesmo tempo a miséria, o subemprego, o subsalário, de modo que, reunir no 1º de maio todas as centrais sindicais, representando todos os que vivem do trabalho, é de fundamental importância para mostrar que o futuro depende da unidade dos trabalhadores, da luta organizada e consciente”, enfatizou.

O vice-presidente da CTB-PA e presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Carro Forte e Escolta Armada do Estado do Pará (Sindforte-PA), Jonh Carvalho, destacou a importância de divulgar a data. “Muitos trabalhadores ainda não entenderam o que é o 1º de maio, que é um momento histórico das nossas lutas, dos direitos que conquistamos. Por exemplo, nós do Sindforte  conquistamos o adicional de risco de vida antes da lei ser implementada pela Dilma Rousseff, então presidente da República. Somos o terceiro Estado com o melhor ticket de alimentação mensal e natalino, tudo isso é fruto dessas articulações e lutas”, informou.

O presidente Sindicato dos Trabalhadores de Supermercados, Antônio Caetano, reforçou que, ainda que a data seja um feriado, inúmeros trabalhadores – sobretudo, da área do comércio – não têm direito ao merecido descanso. “Hoje é 1º de maio, e era para todos os trabalhadores estarem aqui com a gente nessa festa maravilhosa, mas infelizmente veio aquela reforma trabalhista do Temer, tirando os direitos dos trabalhadores, e depois veio a medida provisória do Bolsonaro, tirando ainda mais nossos direitos. Nós vamos atrás dos nossos direitos e com o apoio do trabalhador da área dos supermercados, com o apoio da CTB, nós vamos conseguir essa vitória”, ressalta.

José Adailson, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário de Castanhal (STICMC), frisou que é essencial que haja integração entre os sindicatos de várias regiões do Estado. “É muito importante a gente estar participando aqui como sindicato representando os trabalhadores de Castanhal. Cada base sindical tem uma realidade diferente, e quando a gente se junta para discutir, várias situações vão surgindo, então essa congregação, essa união, é importante para que a gente possa trocar ideias e também elaborar propostas para melhoria da classe trabalhadora”, disse Adailson, em busca de soluções para o povo da Cidade Modelo.

Everaldo Trindade, presidente do Sindicato dos Bombeiros Civis do Estado do Pará (Sindbc-PA), destacou a importância de sua profissão na atualidade. “Esse ato é de suma importância, e o bombeiro civil hoje, de certa forma, compõe a segurança pública. A segurança pública estadual não abarca todos os cantos da nossa sociedade, todos os municípios. E o bombeiro civil está instalado em todos os lugares, atualmente. Então, venho para confraternizar com a minha categoria, com a categoria de outros companheiros, e com a minha central sindical”, conclui.

“Somos uma categoria que trabalha diretamente com direitos sociais, garantidora de direitos, e o direito do trabalhador é o direito sagrado”, declara Agostinho Belo, diretor do Sindicato de Assistentes Sociais no Estado do Pará (SINASPA). “Então o envolvimento da nossa categoria com essa luta é desde o seu nascedouro, porque está ligado aos direitos sociais. E o direito a salário digno, a condições e relações de trabalho dignas é fundamental”, destacou.

Por fim, a Presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Pará (Senpa) e Vice-Presidenta da CTB, Antônia Trindade reforça que, em ano de eleição, a luta deve se intensificar. “Olha, acho que esse evento foi muito bom, primeiro, porque nós estamos num governo democrático agora, tanto no federal quanto no municipal. Isso nos deu uma grande abertura para discutir, para encaminhar, para debater, que não ocorria no governo passado. A gente estava impedido de manifestar nossas opiniões, de lutar pelo nosso direito, de dizer o que a gente quer. Esperamos que continuemos nesse processo, porque o movimento social, o movimento sindical não pode ficar pressionado pela ditadura negativista”, encerra.

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