Na tarde desta segunda-feira (22), representantes da FESPEBAHIA (Federação dos Servidores Públicos do Estado da Bahia) tiveram audiência com o secretário de Relações Institucionais do governo estadual, Jonival Lucas, e o superintendente da Saeb, Adriano Tambone. Logo de cara, a coordenadora da entidade e presidenta do SindsaúdeBA, Ivanilda Brito, deixou claro que é inaceitável o reajuste ridículo de 4%, parcelado e sem retroagir a data base dos servidores (janeiro).
“Nossas perdas acumuladas no serviço público ultrapassam 54%, segundo consultoria especializada dos sindicatos. Esses 4% sequer repõem a inflação do último ano, frustram a expectativa do funcionalismo de dialogar com o governo e quebra a promessa feita pelo governador Jerônimo, de ‘cuidar do servidor público'”, afirmou Ivanilda.
Adriano Tambone alegou que a repercussão em 2024 do incremento de 2023 alcançará valor próximo a R$ 1,2 bilhões. E que em 2025 impactará em R$ 1,4 bilhões, explicando que o reajuste é de 2%, em maio, e 2% em setembro. Que os salários inferiores ao mínimo terão aumento de 6,97%, em setembro e com repercussão para o grupo Administrativo. Jonival Lucas disse que, a partir de maio, tratará com os sindicatos as pautas específicas de cada categoria e as propostas para revisão das carreiras, para cumprimento a partir de 2025. E salientou que a proposta passou pela Junta Orçamentária, levando em consideração a margem disponível para reajuste.
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Dirigente do Sintest-BA, Daiana Alcântara destacou a disparidade entre o valor do auxílio alimentação para quem cumprem jornada de 40 horas, em relação aos de 30 horas. “É urgente rever essa distorção, propondo aumento de R$ 13,00 para R$ 15,00 diários. Além do cumprimento da paridade com os aposentados”, enfatizou.
Segundo o coordenador da APLB-Sindicato, Rui Oliveira, os prejuízos são grandes.”Mesmo as categorias ou segmentos que tiveram ganhos indiretos. Exigimos a instalação da mesa de negociação e melhorias no Planserv, entre outros pontos, além das negociações específicas com as secretarias e órgãos”, destacou.
Para Joaquim Amaral, dirigente do Sindsefaz, “o comprometimento da Receita Corrente com despesas de pessoal é um dos menores de toda série histórica, e cabe ao governo exercitar a prática democrática de ouvir seus funcionários e de aprender a transigir”.
O diretor do SINPPSPEB, Reivon Pimentel, foi taxativo: “A disposição dos servidores públicos é não acolher essa proposta de reajuste. Cabe ao governo reformá-la, garantido a retroatividade a janeiro deste ano”.
com informação da FESPEBAHIA