Vendida ao distinto público como uma operação heroica de combate à corrupção pela mídia burguesa, a Lava Jato se revelou no final das contas um antro golpista de irregularidades manipulado com objetivos políticos escusos por alguns magistrados e procuradores, que, depois de desmascarados e abandonados pela mesma mídia que lhes deu guarida e fama, agora começam a pagar por seus inúmeros crimes.
A Operação “descambou para a ilegalidade”, nas palavras do corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão. Nesta segunda-feira (15), ele determinou o afastamento da juíza Gabriela Hardt e de mais três desembargadores – Thompson Flores, Danilo Pereira Júnior e Loraci Flores de Lima – que atuam no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), sediado em Porto Alegre (RS). A decisão se deu por burla à ordem processual, violações do código da magistratura, prevaricação e burla a decisões do Supremo Tribunal Federal.
Hardt foi juíza substituta da 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba, onde tramitavam parte dos processos da Operação Lava Jato. No final de 2018, ela assumiu temporariamente a 13ª Vara, após o então juiz parcial Sergio Moro deixar a magistratura para se tornar ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PL).
Hardt, de acordo com a corregedoria do CNJ, endossou a criação da fundação da Lava Jato, financiada pela Petrobras, com base em “informações incompletas e informais, fornecidas até mesmo fora dos autos” pelos procuradores de Curitiba. A fundação seria dirigida pelo procurador Deltan Dallagol, deputado federal que teve seu mandato cassado, mas o STF impediu a consumação de um acordo fechado ilegalmente pela chamada República de Curitiba com os EUA pelo qual seriam repassados R$ 2,5 bilhões à entidade.
Já os desembargadores foram alvo da corregedoria por desobedecerem decisões do STF. O ministro do Supremo Dias Toffoli solicitou à Corregedoria a análise da desobediência às decisões da corte, sendo ele mesmo o autor das ordens desrespeitadas. Os desembargadores sob investigação pelo CNJ chegaram a ordenar a prisão de investigados cujos processos já haviam sido suspensos na primeira instância pelo Supremo, devido a suspeitas de irregularidades na condução das investigações.
“Essa é a turma que armou contra Lula. Estão todos caindo por serem corruptos”, comentou a deputada federal e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann (PR), ao comentar nas redes sociais o afastamento de Hardt.
“O tempo vem mostrando que estávamos cobertos de razão. Hoje o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) afastou da função pública a juíza Gabriela Hardt, amiga do Sergio Moro, que sucedeu ele na 13ª vara federal de Curitiba, e mais três procuradores do TRF-4. Ela e Deltan Dallagnol planejavam criar uma fundação privada para colocar as mãos em dinheiro público da Petrobras, empresa que eles tentaram destruir, mas foram descobertos. A decisão aponta ainda para prevaricação, burla à ordem processual, violação do código da magistratura e até mesmo desobediência a decisões do Supremo Tribunal Federal. Essa é a turma que armou um processo fraudulento contra o presidente Lula para se promoverem. Tentaram emplacar aquele discurso mentiroso de combate à corrupção, ficaram falando isso o tempo inteiro, e agora estão todos caindo por serem corruptos”, publicou.
Com informações do 247
Um comentário
Ótimo, que bom. Essa turma, liderada pelo bandido Moro tem que pagar pelas ilegalidades e crimes praticados na “República de Curitiba”.