Na última quinta-feira (14), a greve na educação municipal foi iniciada com professores e profissionais da área reivindicando não apenas aumento salarial, mas também melhores condições de trabalho e ambientes escolares saudáveis e seguros. A mobilização é liderada pelo SINPEEM, SEDIN e SINESP, que compõem a Coordenação das Entidades Sindicais Específicas da Educação Municipal (Coeduc). Nesta terça-feira (19), está agendada uma manifestação às 12 horas em frente à Prefeitura de São Paulo, seguida por uma caminhada até a Câmara Municipal. O objetivo é convencer os vereadores das reivindicações e da urgência em atendê-las. Os profissionais da educação destacam que a Prefeitura dispõe de recursos e não pode se recusar a implementar medidas que melhorem a educação e valorizem seus trabalhadores.
Um dos principais pontos de discordância entre as entidades e as Secretarias Municipais de Gestão e Educação é a resistência à transformação dos salários em subsídio. Além disso, os profissionais da educação exigem valorização salarial, o fim do confisco previdenciário e medidas urgentes para reverter a grave situação das unidades educacionais, que têm adoecido os professores(as) devido às condições precárias de trabalho e à incidência de agressões.
Resposta do Governo e continuidade da greve
Em resposta às demandas, o governo ofereceu um reajuste de 2,16%, além de outros ajustes nos valores dos pisos salariais e benefícios. Contudo, a categoria considerou a resposta insuficiente e decidiu pela continuidade da greve. O reajuste proposto está aquém do esperado e não cobre sequer a inflação dos últimos 12 meses. Além disso, questões como o confisco previdenciário e medidas para melhorar as condições de trabalho e segurança nas escolas não foram abordadas de forma satisfatória.
Projeto de Lei na Câmara Municipal
O governo enviou o projeto de lei (PL nº155/2024) à Câmara Municipal, contendo os mesmos índices de reajuste propostos anteriormente. Os novos valores de pisos e padrões de vencimentos entrarão em vigor a partir de 1º de maio de 2024, segundo o PL.
Exigências das entidades sindicais
As entidades sindicais exigem medidas concretas para melhorar as condições de trabalho, saúde e segurança dos profissionais da educação. Entre as demandas estão a criação de grupos de trabalho para discutir a saúde dos profissionais, o impacto da educação inclusiva nas escolas, programas de saúde mental e prevenção ao adoecimento, além de garantias para os aposentados e a segurança nas escolas.
Diante da falta de avanços nas negociações, os profissionais da educação permanecem unidos em sua luta por uma educação de qualidade e condições dignas de trabalho. Com informações: Sinpeem.
3 Comentários
Na verdade, outro fato que atinge os professores, é
justamente a educação dos alunos, que tanto atinge o psíquico dos professores, deixando-os doentes e até depressivos, é preciso medida drástica também com alunos…
O professor é um profissional mais importante do mundo todas as profissões precisam de professores, cuidar do professor é pensar no futuro do país! Meu sincero apoio às vossas revidicacoes
Os profissionais da educação deveriam ser mais valorizados , pois são eles que ficam a maior pare do dia com os filhos da população.
Se não há condições mínimas de segurança física , emocional, de trabalho; e não há política do ouvir atento e diálogo para se chegar a um denominador comum ….o que se deve fazer? Pense nisso…