Entre patriotas latino-americanos, milhares de argentinos velam restos mortais de Kirchner

Os restos mortais do ex presidente e deputado nacional argentino Néstor Kirchner serão velados a partir de hoje e durante 48 horas no Salão dos Patriotas Latino-americanos do Bicentenário, na Casa de Governo.

Segundo confirmou ontem do El Calafate o subsecretario de Comunicação, Alfredo Scoccimarro, as honras fúnebres começarão às 10:00 (hora local) nesse recinto, inaugurado em maio último pela dignatária, Cristina Fernández.

Às exéquias do ex dignatário assistirão numerosos chefes de Estado latino-americanos, entre eles Hugo Chávez (Venezuela), Rafael Correa (Equador), Luiz Inacio Lula da Silva (Brasil), Fernando Lugo (Paraguai) e José Mujica (Uruguai).

Desde horas do meio dia de ontem, milhares de argentinos começaram a chegar à emblemática Praça de Maio e seus arredores para dar-lhe o último adeus a Kirchner, que faleceu produto de um parada cardiorrespiratório não traumático.

Por decisão das autoridades, o acesso à porta principal da Casa de Governo -onde foi espontaneamente a cidadania para depositar oferendas- ficou suspenso ao redor das 21:00 horas de ontem à noite.

No entanto, muitos de quem chegaram até ali permaneceram no lugar, em uma vigília em memória do deputado nacional e líder do Partido Justicialista (PJ).

Kirchner, de 60 anos e era o secretário geral da União de Nações Sul-americanas (UNASUL), morreu às 09:15 horas desta quarta-feira na localidade patagônica do Calafate, na província de Santa Cruz.

A presidenta, Cristina Fernández, encontrava-se junto a seu esposo quando este veio teve o ataque e foi transladado de urgência ao hospital municipal dessa cidade, distante mais de dois mil 680 quilômetros ao sul desta capital.

A repentina morte comoveu à sociedade argentina e encontrou eco entre políticos, intelectuais e desportistas, quem coincidiram em ressaltar as virtudes e a obra do ex presidente.

Foi-se um homem muito importante para a política, que graças a suas convicções produziu uma mudança em um momento muito difícil de nosso país, manifestou à agência de notícias Telam o campeão olímpico de ciclismo Juan Curuchet.

Por sua vez, o filósofo José Pablo Feinmann destacou que ao assumir a Presidência da Nação no ano 2003 Kirchner “tomou o poder com as duas mãos e enfrentou muitos desafios, porque quando a política toca interesses poderosos sempre gera antagonismos”.

O escritor Juan Gelman definiu-o como um político de garra, criador de um projeto de país novo que seguiu impulsionando apesar de todos os obstáculos que os interesses de sempre, mais atentos ao bolso que ao povo, levantaram e levantam agora ante a Presidenta (Cristina Fernández).

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