A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – Rio de Janeiro (CTB-RJ) manifesta todo seu pesar pelo falecimento do trabalhador Jefferson de Araújo, morto com um tiro de fuzil disparado à queima-roupa por um policial militar, no Complexo da Maré. Os vídeos do assassinato rodaram todos os jornais e deixam claro que em momento algum houve ameaça ao policial e que Jefferson estava desarmado.
A CTB-RJ repudia com todas as forças mais uma violência letal praticada pela necropolítica do governador Claudio Castro, que ao invés de promover políticas públicas para melhorar a vida e dar oportunidades aos moradores das favelas, segue enviando uma polícia despreparada para transformar favelas e periferias em praças de guerra, sem se importar com a vida da população local.
A morte de mais um morador de favela não pode ser considerada um homicídio culposo. Além de assumir o risco de matar, ao manter a arma destravada sem estar em confronto, é uma morte fruto de uma política sistemática de confrontos armados em favelas e periferias que é promovida pelo governo assassino de Claudio Castro. O policial autor do disparo tem que ser punido, mas o sangue de Jefferson também está nas mãos do governador e seus aliados.
A CTB-RJ exige o fim dessa guerra aos pobres promovida pelo governo Castro. Exigimos saber quem ordenou a repressão a justa e pacífica manifestação dos moradores da Maré. Exigimos que toda cadeia de comando da força policial responda pelos crimes e excessos cometidos durante a desastrosa e letal ação de 8 de fevereiro. Exigimos paz para o povo trabalhador do Complexo da Maré e de outras comunidades do Rio de Janeiro.
Não podemos tolerar o que acontece no Rio de Janeiro. O Governo Claudio Castro com sua política de insegurança pública viola todos os protocolos de ação nacionais e internacionais ignorando a priorização de abordagens não violentas e a defesa inegociável do direito à vida. A prática da primazia do uso da força faz com que quase 30% das mortes violentas em nosso estado sejam causadas por agentes de segurança pública.
O lugar de Claudio Castro e seus aliados que promovem a morte em nosso Estado não é no Palácio Guanabara, é no banco dos réus, respondendo pela mote de Jefferson e de tantos outros que perderam a vida pelo excesso de violência de agentes estatais. Informações: CTB-RJ.