Charge: J.Bosco |
Por Altamiro Borges
Segue o clima de terror entre os profissionais da Record, a emissora do bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). Nos últimos dias, cerca de dez funcionários foram demitidos da sua filial em Goiânia (GO), segundo denúncia do site de entretenimento F5. “O principal nome foi o da jornalista Fernanda Arcanjo. Ela tinha dez anos de empresa e era repórter de programas como Domingo Espetacular, além de ser âncora do Goiás Record, maior audiência da emissora na capital goiana”, descreve a matéria.
Ainda segundo o site, “a ordem dos cortes veio da matriz da rede, em São Paulo, que auxiliou todo o processo de desligamentos”. O motivo alegado para as sumárias demissões é o da redução de custos, já que a emissora teve um rombo estimado em R$ 500 milhões em seus balanços financeiros de 2022. “Procurada pelo F5, Fernanda Arcanjo lamentou o desligamento. ‘A empresa justifica com corte de gastos. Estou no meu melhor momento. Tenho reconhecimento nas ruas e engajamento nas redes. É uma pena’, afirmou a jornalista”.
Esse clima de terror já vem de algum tempo. No ano passado, a Record promoveu drásticos cortes de salários – alguns foram reduzidos em até 60%, segundo reportagens do site Ooops. O arrocho levou alguns profissionais a pedirem a conta. Também houve corte dos salários dos artistas. A direção da emissora ainda renegociou os contratos com fornecedores e prestadores de serviço. “As negociações estão rolando em um péssimo clima. A Record decidiu jogar duro com suas estrelas e quer que elas a ‘ajudem’ a reduzir seus custos”, relatou o site.“As estrelas da casa que estão com contratos prestes a vencer estão inconformadas com as propostas da Record. Há possibilidade da emissora perder várias estrelas de uma vez só. Entre elas estão César Filho, Luiz Bacci, Reinaldo Gottino e Ana Hickmann. A TV do bispo Macedo até tem interesse na renovação, mas exige a redução de salários… Até Ana Hickmann, que enfrenta o pior momento de sua vida, terá seu salário reduzido. Se alguém pensou que a emissora estenderia o braço para apoiar a funcionária neste momento, errou. Ao contrário: dizem que a Record está usando justamente seu momento de fragilidade para manobrar os valores em seu favor”.