Com um reajuste de 7,09% para o piso salarial (3,38% acima da inflação) e a criação da cota de 50% das vagas de cursos de operadoras de máquinas agrícolas para as mulheres, o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Curaçá celebra a assinatura da boa Convenção Coletiva de Trabalho para a categoria. Com data-base em 1º de janeiro, o acordo vai beneficiar mais de 40 mil trabalhadores e trabalhadoras assalariados rurais do Vale do São Francisco, na Bahia.
“Foi muito bom para o trabalhador porque entramos em 2024 com a CCT fechada. O trabalhador não vai ter aquele sofrimento de esperar seis meses por seu salário reajustado, sei que a base está satisfeita, tenho certeza que foi uma coisa muito boa, que nós conquistamos com os trabalhadores da nossa base”, comemorou a presidenta do SINTAGRO, Rita dos Santos.
Segundo Mara Cunha, diretora do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Curaçá e da direção da CTB Bahia, o resultado das negociações coletivas para 2024 reflete o alinhamento dos dirigentes sindicais e dos delegados. “Com isso veio o alcance das conquistas para a categoria uma delas é nós conseguirmos negociar num ambiente tranquilo e respeitoso em tempo hábil para que em janeiro os trabalhadores e trabalhadoras assalariados rurais já tenha seu salário na conta, além de tudocom ganho real, que vai refletir na vida dos trabalhadores”, destacou.
Parceiro das entidades na região, o presidente do Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais (STTAR) de Juazeiro, José Manoel dos Santos “Zezinho”, ressaltou a unidade das entidades e a postura patronal na negociação. “Eu parabenizo as comissões de negociações, a comissão representante dos trabalhadores e trabalhadoras assalariados rurais e a comissão representante dos produtores rurais, que ambos com maturidade e respeito discutiram as pautas dos seus representados e conseguiram encontrar um meio termo. Só quem ganhou com isso foram os trabalhadores e as trabalhadoras e também os empregadores, que terão do lado dos trabalhadores um salário definido da categoria, já a partir de janeiro, acompanhado de todas as outras garantias sociais. E do lado dos empregadores, dos produtores, terá a partir de janeiro também um documento, que é a convenção coletiva de trabalho, que dá previsibilidade para o bom desempenho da atividade que é desenvolvida da hortofruticultura no Vale do São Francisco, no estado da Bahia”, afirmou o também dirigente da CTB Bahia para a região Norte.
VÁRIOS SINDICATOS NEGOCIANDO
Os dirigentes ressaltam que, em 30 anos, foi a primeira vez que as negociações aconteceram envolvendo os sindicatos do Vale do São Francisco: Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas Agrícolas, Agroindustriais e Agropecuárias (SINTAGRO) de Casa Nova; Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais (STTAR) Juazeiro; Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Curaçá; Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Abaré; Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Sento Sé; Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais (FETAR) Bahia; Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados e Assalariadas Rurais (CONTAR); Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB); além de delegados e delegadas sindicais e assessoria jurídica.
“Foi uma honra participar desse momento histórico nas negociações coletivas representando a FETAR-BA e a CONTAR. Depois de 30 anos os sindicatos da Bahia conseguiram de forma pacífica, respeitando as partes envolvidas, mas fazendo o debate com clareza e firmeza, realizar o feito de conseguir mais de 3% de ganho real no salário, além do acréscimo de cláusulas sociais, uma delas que beneficiam as companheiras mulheres, que são maioria nas atividades e que nem sempre tem a valorização devida, então foi sucesso o resultado que conseguimos nessa mesa de negociação”, enfatizou Samara Souza, que é dirigente da CONTAR, da FETAR-BA e do STTAR de Juazeiro.
com informações da CTB Regional Norte
