Ainda ecoa no ambiente político do Brasil um clamor nacional das forças que desejam o desenvolvimento do país pela redução das taxas de juros. A CTB participou, ao lado das demais centrais sindicais, de várias manifestações pela redução das taxas de juros e do spread bancário, tema que também foi destaque nos protestos organizados durante o 1º de Maio.
No dia 2 de agosto, uma quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deu início a uma fase de tímida redução da taxa básica de juros, a Selic, de 0,50 pp (ponto percentual).
A nova orientação veio no bojo das intensas críticas à política monetária. As demais reuniões do Comitê ocorridas ao longo do ano consagraram novas reduções, o que provocou uma queda acumulada da Selic de 2 pp, de 13,75% ao ano em julho para 11,75% na segunda quinzena de dezembro.
Mas, o ritmo do ajuste não agradou as lideranças do movimento sindical e não afastou a suspeita de que o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, um notório bolsonarista, age com a deliberada intenção de sabotar o crescimento econômico para impedir o êxito do governo Lula. A taxa Selic é uma variável central na equação do desenvolvimento nacional.
A luta contra os juros altos merece atenção prioritária, ao lado do fortalecimento dos bancos públicos, uma vez que a redução substancial das taxas de juros e spread bancário é uma condição necessária à retomada do desenvolvimento nacional.