Por 62 votos a favor e 1 contrário, a privatização da Sabesp foi aprovada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) nesta quarta-feira (6). A votação foi sem a presença de deputados de oposição.
Os deputados contrários à privatização deixaram o plenário após violência envolvendo a Polícia Militar, que resultou na expulsão de manifestantes. A sessão ficou interrompida por cerca de uma hora e meia e voltou sem a presença de público e sem os deputados da oposição.
O presidente do Sintaema, José Faggian, protestou contra a violência policial. Trabalhadores, estudantes e movimentos sociais foram espancados com cassetetes dentro da galeria da assembleia enquanto puxavam palavras de ordem contra a privatização da Sabesp.
Alguns manifestantes ficaram feridos e parlamentares também foram atingidos pelo spray de pimenta que a PM usou e se espalhou pelo plenário. “Essa noite deveria ser uma noite democrática onde pudesse ser acompanhada a votação de um crime que estão cometendo com a privatização da Sabesp. Mas o que tivemos foi uma dose da política de segurança do governo do estado que usou a violência contra trabalhadores e estudantes”, denunciou o presidente do Sintaema.
“Não vamos aceitar a privatização dos transportes, a retirada de recursos da educação e não vamos aceitar a privatização da Sabesp”, reforçou Faggian. Ele completou dizendo que se hoje o governador deu para o povo uma dose da sua política de segurança, o povo em luta deu uma dose do que o governador vai experimentar nos próximos anos. “Não vai ter vida fácil”, prometeu. Com informações do Sintaema. Fotos: Karla Boughoff