Preocupa o aumento do contingente Fora da Força de Trabalho: houve alta em 23 estados, em relação a 2022 e alta em 22 em relação a 2021.
É preciso cautela com o otimismo em relação ao mercado de trabalho. Comparado com o mesmo período do ano passado, o trimestre agosto-setembro-outubro de 2023 registrou o seguinte comportamento:
- Houve um aumento de 1,5 milhão na Força de Trabalho (as pessoas em idade de trabalhar), com crescimento de 0,9%. Mas a Força de Trabalho propriamente dita caiu -0,2%, ou 219 mil pessoas.
- Houve melhoria na Força de Trabalho ocupada, que cresceu 0,5% ou 545 mil novos postos. E também houve redução de 8,5%, ou 763 mil postos na Força de Trabalho desocupada.
- Mas parte da redução da Força de Trabalho Desocupada se deveu àqueles que saíram do mercado de trabalho, um aumento de 2,7%, ou mais 1,7 milhão de pessoas. No total, são quase 68 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho.
- Juntando Desocupados + Fora da Força de Trabalho, houve aumento de 1,3% ou 975 mil. No total, são 76 milhões de pessoas desocupados e fora da força de trabalho.
Analisando os 27 estados, em relação ao terceiro trimestre de 2022 houve aumento da Força de Trabalho em 11 e queda em 16. Em relação à Força de Trabalho ocupada, houve alta em 13 e queda em 13. Já em relação à Força de Trabalho desocupada, aumento em 5 e queda em 22.
O que preocupa é o aumento do contingente Fora da Força de Trabalho: houve alta em 23 estados, em relação a 2022 e alta em 22 em relação ao mesmo período de 2021.
Houve uma melhoria no rendimento do trabalho principal em 2023 na maioria dos setores. Houve quedas na Agricultura, justamente o setor economicamente mais pujante.
Na geração de empregos, chama atenção o desempenho sofrível da Agricultura. Tomando 2016 como base 1, a Agricultura caiu para 0,9148 – ou seja, uma queda de quase 9% no número de empregados. Abaixo dela, apenas a Construção. Mas, no caso da Construção há os argumentos da destruição perpetrada pela Lava Jato e a queda na oferta de financiamento. No caso da Agricultura, houve uma fase de enorme abundância, sacrificando o ICMS dos estados produtores.