Sindicatos franceses convocam nova greve geral para a próxima terça-feira (12) diante da decisão do Senado em aprovar a reforma do sistema previdenciário do país. Com 185 votos a favor e 153 contra, os senadores decidiram elevar a idade mínima para aposentadoria de 60 para 62 anos.
Esta é mais uma herança da crise mundial de 2008. A população não pode pagar pelo imperialismo capitalista que afetou a economia de diversos países, impulsionou o crescimento dos índices de desemprego e aumentou a desigualdade social.
Em comunicado, os Partidos Socialista e comunista da França declararam que os atos contrários a reforma continuarão enquanto o texto continuar sendo debatido no Senado, etapa que pode durar semanas.
A greve geral da próxima terça-feira, a sétima contra a reforma neste ano, levou sindicatos de vários setores, como o de energia ou o de transporte ferroviário, a convocar uma paralisação sem prazo definido.
Além disso, as oito principais associações de trabalhadores convocaram hoje os franceses para mobilizarem-se nas ruas no dia 16.
Em 2 de outubro, na última vez em que os sindicatos organizaram manifestações durante um fim de semana para defender o atual sistema de previdência, as associações disseram ter mobilizado 2,9 milhões de pessoas em todo o país, frente as 900 mil contabilizadas pelo Ministério do Interior.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, anunciou durante esta semana pequenas modificações na reforma, mas reiterou que o aumento da idade mínima legal para a aposentadoria é indispensável.
Com informações de agências
