Com apoio do imperialismo estadunidense e europeu, o governo fascista de Israel, liderado por Benjamin Netanyahu, um político autoritário de extrema direita envolvido em grossa corrupção, vem semeando o horror na Faixa de Gaza e já está sendo acusado de genocida contra a população palestina.
Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, ordenou um “cerco total” à Faixa de Gaza e disse estar lutando contra “animais humanos. Eu ordenei um cerco completo à Faixa de Gaza. Não haverá eletricidade, comida ou combustível; tudo está fechado. Estamos lutando contra seres humanos desumanizados e agiremos de acordo”, disse ele.
Enquanto isso, o Ministro de Energia de Israel, Israel Katz, afirmou que este plano de bloqueio afetará também o fornecimento de água, que será interrompido “imediatamente”.
Hospital, escola e mesquita bombardeados
Segundo reportagem da HispanTV, Israel atacou áreas densamente povoadas de Gaza com projéteis de fósforo branco, o que é considerado um crime de guerra sob o direito internacional. O anúncio ocorre no terceiro dia após o Movimento de Resistência Islâmica da Palestina (Hamas) lançar sua operação chamada ‘Tempestade de Al-Aqsa’ contra posições israelenses, o teria resultado em mais de 1.000 mortes.
A pretexto de retaliar a ofensiva do Hamas, o exército israelense bombardeou alvos indiscriminados em Gaza e, de acordo com fontes médicas no enclave palestino, deixou pelo menos 560 mortos e 2.900 feridos, em sua maioria civis.
O bloqueio de Israel a Gaza está levando hospitais ao colapso e impedindo o atendimento de feridos, inclusive crianças. A catástrofe humanitária já é visível e teme-se que será sem precedentes. O governo nazi-fascista de Benjamin Netanyahu tenta impedir chegada de comida, energia, gás, água, no “cerco total” anunciado pelo ministro da Defesa.
O secretário geral da ONU, Antonio Guterres, condenou os crimes de guerra cometidos por Israel e alertou para a necessidade de respeitar o direito humanitário internacional. “Estou profundamente alarmado com as informações de que mais de 500 palestinos – incluindo mulheres e crianças – foram mortos em Gaza e mais de 3.000 ficaram feridos”, disse. “Infelizmente, esses números estão aumentando a cada minuto à medida que as operações israelenses continuam”.
E acrescentou: “lembro a Israel que as operações militares devem ser conduzidas em estrita conformidade com o direito humanitário internacional”, disse. “Os civis devem ser respeitados e protegidos em todos os momentos e infraestrutura civil nunca deve ser um alvo”.
O secretário geral informou que a ONU já tem relatos de mísseis israelenses “atingindo instalações de saúde dentro de Gaza, bem como torres residenciais de vários andares e uma mesquita”. “Duas escolas que abrigavam famílias desabrigadas em Gaza também foram atingidas”, relatou.
O Estado sionista tem um histórico tenebroso de desrespeito às orientações da ONU e aos direitos humanos dos palestinos, que vivem segregados em Gaza, numa situação comparada por muitos analistas aos campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial e ao infame apartheid imposto pelas elites brancas aos negros da África do Sul, que durante quase cinco décadas (1948 a 1994) e só foi abolido após a eleição de Nelson Mandela.