Após o brutal assassinato de Mãe Bernadete, em Simões Filho, organizações e entidades do movimento negro realizaram protesto na manhã desta sexta (18). O ato aconteceu em frente à sede da Polícia Civil, na Praça Piedade, em Salvador. Depois, os manifestantes seguiram em caminhada até o Fórum Ruy Barbosa.
Presidenta estadual da União de Negros pela Igualdade (Unegro), Marina Duarte afirmou que o protesto se direciona a morte de Mãe Bernadete e de outras pessoas negras mortas pela violência armada na Bahia. “Estamos aqui por ela e por todas as pessoas negras mortas pelo braço armado. Estamos pedindo e clamando por justiça, que Ministério Público tenha mais celeridade nesses casos e que a impunidade acabe”, falou Marina.
Representando a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Bahia (CTB-BA), o secretário de Combate ao Racismo, Jerônimo Silva Júnior, reafirmou a solidariedade da Central e dos sindicatos classistas ao movimento. “Estamos juntos nessa luta contra o extermínio de jovens e lideranças do povo negro no estado. Os poderes Executivo e Judiciário precisam tomar medidas urgentes para mudar essa realidade, como agilidade nas investigações e prisões dos assassinos, câmeras nas fardas dos policiais e maior capacitação das forças de segurança para proteger a sociedade sem matar inocentes, por exemplo. Defendemos ainda a possibilidade de federalização do assassinato de Mãe Bernadete”, pontuou.
A deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) destacou a necessidade de “uma polícia mais cidadã e uma ação enérgica contra latifundiários que invadem terras dos povos tradicionais, ameaçando e matando lideranças como Mãe Bernadete”. Durante os discursos das lideranças, todos pediram a prisão dos executores e dos mandantes do assassinato da ialorixá.
Informações: CTB-BA.