Na última quinta-feira (17), os Correios divulgaram sua proposta de acordo coletivo aos representantes sindicais, acendendo debates acerca de reajustes salariais, cláusulas reintegradas e outras questões pendentes. Entretanto, o acordo proposto não trouxe avanços substanciais nas áreas cruciais de custeio do plano de saúde e realização de concurso público.
Sindicatos avaliam e orientam pela rejeição
Os sindicatos afiliados à Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (FINDECT) prontamente convocaram os trabalhadores a participarem das assembleias em suas respectivas bases para que avaliem a proposta, mas a orientação, desde já, é de rejeição. Além disso, os sindicatos recomendam a aprovação do estado de greve e a manutenção das negociações até que uma proposta que atenda aos anseios da categoria seja alcançada.
Aspectos problemáticos na proposta
A proposta da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), traz consigo aspectos que não foram bem recebidos pelos sindicatos. A reincorporação de 35 cláusulas, anteriormente discutidas, levanta preocupações sobre a reintegração de cláusulas retiradas. No entanto, a proposta enfrenta críticas por não oferecer avanços significativos e por destacar questões problemáticas.
Reajustes salariais e benefícios adiados
Uma das principais preocupações está centrada no reajuste salarial. A proposta sugere um aumento de 90% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o que se traduziria em um reajuste de 3,18%. Contudo, esse aumento somente seria aplicado a partir de janeiro de 2024, o que representa um adiamento substancial. Os benefícios, por sua vez, seriam reajustados em 90% do INPC, gerando um acréscimo de 3,18%, mas a partir de agosto de 2023.
Proposta de vigência e descontentamento sindical
A proposta da ECT também prevê um reajuste total de 100% do INPC a partir de agosto de 2024. A duração do Acordo Coletivo sugerida é de 1º de agosto de 2023 a 31 de julho de 2025. No entanto, o descontentamento dos sindicatos é real, visto que a proposta não aborda de maneira satisfatória aspectos cruciais, como o custeio do plano de saúde e a ausência de um plano claro para a realização de um acordo coletivo que atenda às demandas dos trabalhadores.
Mobilização e próximos passos
A FINDECT e seus sindicatos estão convocando os trabalhadores para participar ativamente das assembleias, onde a proposta será minuciosamente analisada e discutida. A decisão de rejeitar a proposta, aprovar um estado de greve e continuar as negociações até que uma oferta que verdadeiramente represente os interesses da categoria seja apresentada é uma orientação unânime.
Assembleias até 29 de agosto
É importante ressaltar que as assembleias sindicais das bases afiliadas à FINDECT estão agendadas até o dia 29 de agosto. Essa é uma oportunidade crucial para os trabalhadores expressarem suas opiniões e contribuírem para o desenrolar do acordo coletivo e para a garantia de condições de trabalho e benefícios justos e condizentes com seus direitos e necessidades.
Com informações: FINDECT.