O presidente do Peru, Alan García, anuncia nesta terça-feira (14) seu novo gabinete ministerial. Ele foi pressionado a fazer uma reforma ministerial às pressas, depois da renúncia coletiva de seus principais assessores, anunciada neste domingo (12).
A renúncia, de acordo com especialistas, é gerada por dois fatores: a proximidade das eleições gerais, que ocorrerão em 10 de abril de 2011, o que faz com que muitos dos ex-ministros queiram se candidatar, além de divergências na área de defesa nacional e segurança pública.
As informações são da Presidência da República do Peru e da agência de notícias oficial da Argentina, a Telam. As mudanças ocorrem em meio a debates acalorados no Congresso Nacional peruano sobre propostas encaminhadas pelo governo nos dois setores de defesa e de segurança.
Alan García evitou dar detalhes sobre as mudanças. Em entrevista coletiva, ele se limitou a confirmar que aceitou a demissão coletiva e que a nova nomeação ocorrerá amanhã.
As propostas envolvem mudanças no julgamento de sentenças envolvendo policiais e militares no país. O objetivo é acelerar os processos em até um ano e meio. No Peru, há denúncias de militares envolvidos em crimes de violação de direitos humanos. Também está em discussão um decreto que ratifica a adesão do Peru à Convenção Internacional sobre Crimes Contra a Humanidade.
Há ainda controvérsias em torno da proposta do Orçamento Geral da União enviada ao Congresso. Uma das sugestões é o fim do sistema de pensões destinado aos militares da reserva. O sistema em vigência permite que ao ir para a reserva, o militar obtenha um ganho financeiro. Pela proposta, isso será eliminado.
Agência Brasil