Metalúrgicos criticam intransigência patronal na Campanha Salarial

Em nova reunião entre a Federação dos Metalúrgicos e os Sindicatos de Base com o Sindicato Patronal (Simmeb), os patrões apresentaram, mais uma vez, uma proposta abaixo das expectativas dos trabalhadores metalúrgicos. 

A proposta patronal para a Data Base da categoria (Julho/2023) vai na contra mão desse novo momento. Segundo o DIEESE  72% das categorias conquistaram aumento real de salário no 1° semestre/2023, percentual que cresce para 88%, quando analisamos as categorias que firmaram acordos na Data Base do mês de Maio/2023. 

Os patrões metalúrgicos precisam entender que o crescimento econômico passa pela elevação da renda da classe trabalhadora e um maior consumo interno que, por consequência, eleva a produção do setor industrial, gerando mais empregos, fazer a roda girar. Novas reuniões ficaram agendadas entre as partes. Uma nova reunião está marcada para o dia 26 de julho. 

A proposta patronal que não foi aceita pelos sindicatos:

• Reajuste de 3% a partir de julho/2023 para os salários até R$ 8.000,00;
• Para os salários acima de R$ 8.000,00 incorporar ao salário R$ 240,00;
• Não renovar as seguintes cláusulas da Convenção  Quinquênio/Triênio,  da Parcela Rescisória Adicional e da cláusula  da Rescisão do Aposentado;
• Acrescentar o registro via REP (  Registro Eletrônico de Ponto).

Os Sindicatos dos trabalhadores reivindicam:

• Reajuste salarial de 10% para todos os salários com reflexo no Piso Salarial, Quinquênio/Triênio e no Auxílio Creche; 
• Plano de Saúde; 
• Garantias contra o assédio e/ou discriminação;
• Homologações no sindicato; 
• Auxílio Assistencial ao filho com necessidades especiais até o limite de R$ 600,00;
• Ultratividade; 
• Manutenção das demais cláusulas da CCT vigente; 
• Constituição de um Fórum Tripartite (trabalhadores, patrões e governo) com a finalidade de discutir os rumos da indústria metalúrgica na Bahia.

Fonte: FETIM BAHIA