A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), participou nesta quinta-feira (29), de manifestações da enfermagem que está em greve por tempo indeterminado na luta pela implantação do Piso Nacional da Enfermagem e o seu pagamento.
Julgamento sobre o pagamento do piso nacional da enfermagem
O Supremo Tribunal Federal está analisando o pagamento do piso nacional da enfermagem. O relator do processo, ministro Luís Roberto Barroso, determinou que estados e municípios devem pagar o piso, mas alguns afirmam não ter recursos para isso. Até agora, seis ministros votaram, com opiniões divergentes. No ano passado, o pagamento do piso foi suspenso, mas foi liberado após uma alocação de recursos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que abriu um crédito especial de R$ 7,3 bilhões para que os estados e municípios pudessem efetuar o pagamento.
Atos na Bahia
Profissionais da enfermagem baiana deram uma grande contribuição à greve geral nacional da categoria, quem liderou o movimento foi o Sindsaúde Bahia, com atos em Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Itabuna, Ilhéus, Jequié, Guanambi e Brejões, entre outros municípios.
“Essa é uma luta histórica e nos garantiu a aprovação, no Congresso Nacional, de uma lei que assegura mais dignidade para profissionais que dão suas vidas para cuidar e salvar a vida do nosso povo. Não pode o STF se deixar pressionar pelas empresas privadas de saúde para barrar o pagamento do piso. Os atos de hoje mostram a força da enfermagem baiana. Lutamos para aprovar esse benefício e seguiremos lutando para que ele seja pago”, afirmou Ivanilda Brito, presidenta do Sindsaúde Bahia e secretária de Imprensa da CTB Bahia.
Atos no Ceará
As mobilizações aconteceram em todo Ceará, organizados pelo Sindsaúde Ceará. Tiveram atos em Sobral, Iguatu, Baturité, Barroquinha, Quixeramobim, Pacatuba, Guaiuba, São Gonçalo do Amarante, Quixadá e em Fortaleza, onde teve a maior concentração de profissionais, o ato iniciou em frente ao Tribunal Regional do Trabalho, seguiu até o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e tomou as principais avenidas da capital Cearense dando um recado claro aos ministros e aos gestores da saúde de todo estado que: A enfermagem se manterá em greve até o piso estar de fato no contracheque de cada trabalhador e trabalhadora, e que a categoria não aceitará menos do que é seu por direito.
Atos na Paraíba
A CTB-PB, participou de manifestação da enfermagem em João Pessoa e Patos e Região. O vice-presidente da CTB-PB e sindicalista, José Gonçalves, enfatizou em sua fala a necessidade de intensificar a luta na defesa do pagamento. “Precisamos parar as atividades, demonstrar o descontentamento da enfermagem pela indefinição do pagamento do piso e pelo desmanche que está sendo praticado por alguns ministros do STF”, disse o sindicalista.
Para Marcos Santos, presidente da CTB-PB, a categoria necessita de um salário digno para que possam atuar. “Os enfermeiros e enfermeiras, necessitam de um salário digno para que possam desenvolver sua profissão. Não é justo que a categoria que mais arriscou suas vidas durante a pandemia esteja sendo tratada dessa forma. Aqui na Paraíba, o governo prometeu que seria o primeiro a implementar piso e não cumpriu. A morosidade do Supremo Tribunal Federal tem prejudicado os trabalhadores e trabalhadoras. Nós da CTB-PB estamos nas ruas para exigir a aplicabilidade do Piso Nacional Salarial no contracheque já!”, ressaltou o presidente.
Atos no Pará
O Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Pará (Senpa), informa que a concentração no município de Belém, ocorreu na Praça da República, e também houveram atos em outras cidades do Pará.