Em assembleia realizada na terça-feira (31), os metroviários de Pernambuco decidiram permanecer em greve até a decisão do Juiz na audiência no Tribunal Superior do Trabalho (TST). A CBTU entrou com pedido de dissídio coletivo no TST e a categoria aguarda a notificação oficial do tribunal com a data da audiência.
Os metroviários pernambucos estão em greve desde o dia 24 de agosto por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em uma assembleia realizada no dia 23.
O estado de greve da categoria já vem desde o último dia 22 de julho, quando vários itens do acordo coletivo de trabalho foram negados pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Os trabalhadores reivindicam a volta dos de benefícios cortados, como ticket alimentação, plano de saúde e auxílio-creche.
Segundo informações do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro), os trabalhadores tiveram vários benefícios cortados pela CBTU após entrarem em estado de greve. A categoria aguardou o início de uma nova negociação com a CBTU. Como não houve nenhuma contra-proposta, a categoria ratificou a paralisação. O Sindmetro ainda informou que todos os trabalhadores, de todos os setores do metrô, não trabalharão.
A greve, de acordo com dirigentes do sindicato, é uma tentativa de restabelecer as negociações com a empresa, após o encaminhamento de um documento com nove cláusulas das 42 negadas, propondo a reabertura da mesa de negociações e a devolução de benefícios suspensos desde a interrupção da negociação, como os tickets de refeição e auxílio-creche do mês de setembro. “A empresa afirma que as negociações cessaram por nossa causa, mas não é verdade. Nós enviamos um documento com nove das 42 cláusulas de reivindicação negadas para tentar reestabelecer as negociações, mas em troca tivemos a suspensão de todos os benefícios, como plano de saúde, tíquetes de refeição, auxílio creche, auxílio doença, entre muitos outros direitos”, disse o diretor de Imprensa do Sindicato, Diogo Morais.
Fonte: Fenametro