CTB Mulher debate etarismo no trabalho e prepara ações de combate ao preconceito

Com o texto “Etarismo na contramão da longevidade”, as sindicalistas do Coletivo de Mulheres da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil da Bahia (CTB-BA), liderado pela Secretaria da Mulher da Central, debateram o tema relacionando com o mundo do trabalho e o movimento sindical.

A secretária da Mulher, Flora Lassance, leu o texto que, em seguida, foi alvo de discussão das sindicalistas presentes. “É uma decisão da direção da CTB debater temas transversais à luta das mulheres no mundo do trabalho, em cada reunião das secretarias. Por isso, trouxemos esse assunto, que, também, deve ser abordado em relação ao movimento sindical”, explicou.

“Num mundo com tantos preconceitos, em pleno século XXI, é preciso estarmos atentos para identificar especialmente aqueles que, muitas vezes, passam despercebidos no cotidiano recheado de afazeres e muita pressa. Um deles é o etarismo. A discriminação em função da idade pode ocorrer em qualquer fase da vida. Pode atingir as crianças quando elas não são percebidas na sua potencialidade; os jovens, em função da pouca experiência ou de uma visão generalizada e superficial de que são todos imaturos; mas notadamente têm atingido com preponderância as pessoas mais velhas”, diz um trecho do documento.

E conclui: “Século XXI chegou, mas não trouxe com ele a valorização e o respeito à experiência. O etarismo surge como uma discriminação que pode ser velada, mas que, na maioria das vezes, é escancarada. Ele deve ser combatido, assim como combatemos todas as outras discriminações contra os seres humanos!”

DEBATE RICO

Ao final da leitura, houve o debate sobre o tema. “Temos que discutir, também, ações para combater a violência e o feminicídio com trabalhadores e trabalhadoras, para aumentar a conscientização”, disse Lúcia Maia, dirigente da Flemacon e Fetracom (categoria da construção civil). 

“É importante ocupar as ruas e espaços de debates com o objetivo de trazer mais mulheres para a luta”. “Temos que ir além das atividades do 8 de março e ter iniciativas durante todo o ano”, acrescentou Rita Soares, dirigente da APLB-Sindicato. “Temos que debater e ocupar as ruas para ajudar a reconstruir o Brasil”, completou Cherry Almeida, dirigente dos Comerciários de Salvador.

A Secretária de Finanças do Sinpojud, Zezé, reafirmou o compromisso da entidade.”É essencial levarmos as resoluções desses debates para as diretorias dos nossos sindicatos. É a contribuição da CTB para suas organizações filiadas”, acrescentou Lucineide Sampaio, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia (Sinposba).

O encontro também debateu a participação da CTB no “Julho das Pretas” e na “Marcha das Margaridas”, além de ter avaliado o Encontro Estadual de Mulheres da Central. 

Participaram ainda: Maria das Graças (Assufba); Sônia Maria (Fetracom); Sueli Bahia (Comerciários); Rosângela Santana (Assufba); Hercília Ramos, Ednalva Bispo, e Maria Nery (Sintracom).

Informações: CTB-BA.