Os professionais do Magistério Público Municipal de Aparecida, região metropolitana de Sousa, paralisaram suas atividades nesta segunda feira (12), em virtude do prefeito João Neto (PL), negar conceder o reajuste do piso nacional de 14,95%. A prefeitura recebeu no período de 1° de janeiro a 31 de maio, mais de quatro milhões e quinhentos mil reais, no entanto, não querem pagar o reajuste do piso nacional que é lei.
Os professores pedem o apoio da população e em especial os pais de alunos, já que o presidente Lula está mandando o dinheiro e o prefeito João Neto não quer repassar o reajuste dos 14,95%.
Na audiência ocorrida entre a gestão e Sindicato dos Servidores Efetivos do Município (SISMAP), com a presença da Federação dos Trabalhadores Públicos Municipais da Paraíba (FETRAM) e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil na Paraíba (CTB-PB), foi constituída uma comissão para analisar a folha analítica (folha de pagamento), e foi constatado que tem dinheiro para aplicar os 14,95% para os professores, mesmo mantendo os contratados e comissionados, apesar de não ter necessidade dessas contratações em diversos locais de trabalho.
A presidente do SISMAP, Alixandrina França afirmou que o prefeito João Neto ficou de receber a entidade e a comissão com 8 dias e vem se negando até hoje, forçando a categoria a paralisar as atividades, entrar com ação na justiça e greve se for necessário. “É triste um prefeito que se diz sindicalista e ter uma prática dessa para com a educação e seu corpo docente”, desabafou Alixandrina.
O vice-presidente da FETRAM no Sertão e Alto Sertão, professor Ronildo Oliveira, participou da análise da folha de pagamento e confirmou que existe recursos, pois apenas no mês de janeiro a prefeitura teve um aumento no recebimento de 74%. “Se o prefeito quiser pagar, ele paga. É somente decisão política, pois dinheiro tem”, disse o sindicalista.
O vice-presidente da CTB-PB, Zé Gonçalves, disse que é uma vergonha o que está acontecendo. “Eu que estou envergonhado com essa postura do João Neto. Como é que um homem que é de movimento social, dirigente até pouco tempo do STR de Aparecida, lutador por terras e quando assume a prefeitura faz uma ingratidão dessa com os professores?”, lamentou.
Zé Gonçalves defendeu que o sindicato e a categoria dos professores acionem a justiça, denuncie a situação junto ao Tribunal de Contas do Estado, ao Ministério Público Federal, Estadual e haja também nas denúncias sobre as contratações sem necessidade em escolas da zona rural que tem poucos alunos. “A luta do sindicato foi inicialmente buscando a negociação, mas como o prefeito se esconde para não receber, alternativa é agir nas ruas e na justiça “,finalizou o sindicalista.
Informações: CTB-PB.