Os profissionais da Educação de todo o país paralisaram as atividades nesta quarta-feira (22) e realizaram atos nas principais cidades para cobrar a implementação do Piso Nacional do Magistério.
A mobilização, convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e apoiada pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), pediu ainda a revogação do Novo Ensino Médio, a valorização dos profissionais e mais investimentos no setor.
“Hoje é um ato nacional. Um dia de luta e mobilização, em defesa da aplicação do reajuste do Piso Nacional do Magistério, de 14,95%, nas carreiras, nos magistérios municipais e estaduais, em todo o Brasil. Nós paralisamos as atividades na rede estadual do Ceará e em algumas escolas municipais, porque os prefeitos e o governador Elmano [de Freitas, PT] ainda não cumpriram o piso”, afirmou o secretário de Comunicação da CTB-CE, Alessandro Carvalho, durante protesto em frente à Assembleia Legislativa, em Fortaleza. No interior, as mobilizações ocorreram nas sedes da Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (Crede).
Na capital baiana, os protestos foram puxados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB) na Praça da Piedade, no centro de Salvador. “O Novo Ensino Médio vai ampliar a desigualdade social entre os estudantes da rede pública e privada. Condena a juventude pobre a se contentar com um curso técnico, o básico de uma educação precária e não alcançar a universidade. É a desconstrução do futuro e a redução da carga horária de professores. Defendemos uma educação igual para todos”, discursou o coordenador geral da APLB, professor Rui Oliveira.
A CNTE quer o reajuste do Piso Nacional do Magistério e cobra que o governo federal encaminhe a regulamentação da Lei de Diretrizes e plano de carreiras. De acordo com a entidade, apesar de garantido em lei desde 2008, o piso ainda não é cumprido por todos os estados e municípios. Além disso, o reajuste anual garantido aos educadores e educadoras não se estende a todos os trabalhadores e trabalhadoras devido a medidas que ainda não foram adotadas pela União.
Com informações da CTB-BA, APLB e CNTE.