Excelentíssimo Governador do Estado Ranolfo Vieira Júnior
Porto Alegre, 4 de novembro de 2022.
Ao cumprimentá-lo, as entidades que integram o Fórum das Centrais Sindicais do Rio Grande do Sul solicitam reunião urgente para definir o encaminhamento do Projeto de reajuste do Salário Mínimo Regional de 2022 que já deveria estar em vigência desde fevereiro deste ano.
Desde dezembro de 2021 e ao longo do primeiro semestre deste ano, as Centrais Sindicais do RS, Federações de Trabalhadores e Sindicatos de Base Estadual fizeram inúmeros apelos ao Governo, participaram de várias reuniões e realizaram Atos Públicos pacíficos e democráticos denunciando a hipocrisia de alguns setores empresariais que teimam em sustentar um viés ideológico se contrapondo desumanamente a este instrumento que garante uma renda minimamente digna aos trabalhadores e trabalhadoras gaúchos.
Entendemos que, passado esse período tenso da disputa eleitoral, o Governo do Estado precisa enfrentar e agir com urgência e amenizar a situação análoga à miséria em que vive essa parcela da população que recebe baixos salários e que não possui representação sindical formal e, portanto, desprovida das condições necessárias para estabelecer negociação direta com seu empregador.
Reiteramos, como disposto em todos os documentos encaminhados anteriormente, que a insegurança ou insuficiência alimentar não atinge apenas quem está desempregado ou subempregado, trata-se de um quadro triste da vida real que se agrava a cada dia e suas consequências não se limitam aos preços do gás de cozinha, da energia elétrica, do vestuário, dos aluguéis e dos alimentos básicos, mas também estão escancarados nos indicadores de violência doméstica, no mau desempenho escolar das crianças, nos casos de depressão de mães e pais desesperados e, também, nas muitas doenças causadas pela desnutrição.
Portanto, Excelentíssimo Governador Ranolfo, cabe ao Governo do Estado definir e encaminhar ao Poder Legislativo com a máxima urgência, o reajuste do valor do salário mínimo regional que seja condizente com a realidade, já que o processo inflacionário em curso é ainda mais cruel para essa faixa da população de baixa renda que paga por uma simples Cesta Básica mais de R$ 790,00 em média.
Por fim, reforçamos o apelo para que a uma Comissão de representantes das Centrais Sindicais seja recebida por Vossa Excelência o mais breve possível, para que, juntos, possamos encaminhar uma solução compatível com a realidade de quem mais precisa.
Sendo o que há, agradecemos e permanecemos no aguardo de vossas manifestações.
Fraternas saudações,
Guiomar Vidor
Presidente Estadual da CTB-RS
Veja aqui o documento.
Fonte: CTB-RS