Centrais sindicais mobilizam trabalhadores na Esplanada dos Ministérios
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) marcou presença na Marcha da Classe Trabalhadora realizada nesta terça-feira (29), em Brasília. A manifestação, promovida por diversas centrais sindicais, tomou a Esplanada dos Ministérios em defesa de direitos trabalhistas, políticas públicas inclusivas e mudanças urgentes na condução da política econômica do país.
Durante o ato, o presidente da CTB, Adilson Araújo, destacou a importância da mobilização coletiva diante dos desafios enfrentados pela classe trabalhadora. “Quero, em nome da CTB, saudar essa importante iniciativa. Em memória do Papa Francisco, ressalto que os sindicatos devem ser a voz daqueles que não têm voz”, afirmou.
Adilson Araújo denunciou a atuação do Congresso Nacional, que, segundo ele, tem favorecido interesses do grande capital em detrimento da maioria da população. “Apesar da eleição do presidente Lula, enfrentamos um Congresso que é o mais venal da nossa história, comprometido com a especulação financeira e os interesses dos mais ricos”, criticou.
Entre as principais pautas defendidas na marcha estão a redução da jornada de trabalho com o fim da escala 6×1, a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, a regulamentação do trabalho por aplicativos e a igualdade salarial entre homens e mulheres.
Adilson também enfatizou a necessidade de mudanças na política monetária brasileira. “É chegada a hora de dar um cavalo de pau nessa taxa de juros escorchante. Sem isso, não conseguiremos estimular o consumo, o crédito das famílias e a produção industrial”, afirmou, convocando os trabalhadores para um novo ato no dia 6 de fevereiro em frente ao Banco Central. “Precisamos dizer: basta de autonomia absoluta do Banco Central! Redução da taxa de juros já!”
A mobilização unificada das centrais sindicais reforça o compromisso da classe trabalhadora com um Brasil mais humano, inclusivo e menos desigual. A CTB reafirma seu papel de luta na construção de uma sociedade mais justa para todos e todas.
No período da tarde, a “Pauta da classe trabalhadora” será entregue ao presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT).