Na última quinta-feira (24), representantes do Sindicato Nacional dos Arquitetos, Engenheiros, Economistas, Estatísticos e Geólogos (SINAEG) estiveram na Secretaria-Geral da Presidência da República (SG/PR) para apresentar diretamente ao Palácio do Planalto suas críticas à proposta de criação da carreira de Analista Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico (ATDS). Na ocasião, o sindicato reafirmou seu compromisso com a valorização da Estrutura dos Cargos Específicos (ERCE).
A reunião foi marcada por uma escuta atenta e qualificada por parte da equipe da SG/PR. Os diretores do SINAEG alertaram para os riscos que a criação da nova carreira representa para o Estado brasileiro: sobreposição de funções, violação de atribuições legais das profissões técnicas e desvalorização dos servidores já concursados — inclusive os aprovados no Concurso Nacional Unificado (CNU) de 2024 — que atuam diretamente nas políticas públicas de desenvolvimento econômico e infraestrutura.
“Nossa luta não é contra a modernização do serviço público. É contra o apagamento de quem já faz: arquitetos, economistas, engenheiros, estatísticos e geólogos. A ERCE está presente em todos os ministérios estratégicos e não pode ser substituída por uma carreira genérica criada por canetaço”, declarou Flauzino Antunes Neto, presidente do SINAEG.
Durante o encontro, o sindicato entregou documentação técnica e defendeu que qualquer nova carreira voltada ao desenvolvimento socioeconômico deve ter como base os profissionais da ERCE.
“Nós já somos os verdadeiros analistas de desenvolvimento socioeconômico. Só não temos essa sigla. Mas temos história, formação técnica, concurso público e responsabilidade legal pelas nossas ações”, reforçou Érico Hoffmann Írala, vice-presidente do SINAEG.
A Secretaria-Geral reconheceu a coerência dos argumentos apresentados e se comprometeu a atuar como ponte com outros órgãos do Governo Federal, como o Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) e a Secretaria de Relações Institucionais (SRI/PR), no contexto da tramitação do Projeto de Lei nº 1.466/2025. O PL já recebeu uma emenda substitutiva elaborada com participação ativa do SINAEG, com o objetivo de barrar a criação da ATDS e assegurar a valorização da ERCE.
“O reconhecimento da pauta é fundamental, mas sabemos que só a mobilização garantirá respeito e valorização. Seguimos firmes na luta”, concluiu Almir Cezar, diretor de comunicação do SINAEG.
Um comentário
Estou, Tb, nessa LUTA!!!