Em mais um caso revoltante de violência contra a mulher, Juliana Rocha, professora e presidenta do Sindicato dos Servidores Públicos de Capitão Enéas (SindCap), Minas Gerais, foi vítima de estupro e tentativa de feminicídio neste sábado (26). Além de vários ferimentos, ela sofreu traumatismo craniano e fraturas no nariz e maxilar. O crime foi cometido após sua casa ser invadida por dois homens que já estão em prisão preventiva em Montes Claros (MG).
O crime contra Juliana comoveu a cidade. Na manhã do domingo (27), centenas de moradores se reuniram em passeata exigindo justiça pela sindicalista e por outras mulheres vítimas de violência de gênero em Capitão Enéas.
A secretária da Mulher da CTB Minas, Marilene Faustino, esteve presente na manifestação. “Foi um crime muito cruel que chocou a população. Uma mulher ter a sua casa invadida, ser torturada e estuprada dentro da sua casa, onde esperamos ter o mínimo de tranquilidade. Precisamos que a justiça seja feita e que o executivo e legislativo do município apresentem medidas de segurança para as mulheres e toda a população”, afirmou.
Para Valéria Morato, presidenta da CTB Minas, a situação é de revolta: “Juliana tem uma trajetória de luta contra a exploração dos trabalhadores e trabalhadoras, e também por igualdade entre homens e mulheres. A gente não pode se calar frente a tanta violência e exigimos que a justiça cumpra seu papel e condene os culpados por esse crime brutal e misógino”.
A CTB Minas lançou uma nota de apoio à Juliana Rocha, em que destaca que são necessárias “medidas reais e mais eficazes para garantir a segurança das mulheres”, além de “políticas públicas de combate ao ódio e à discriminação de gênero”. Confira na íntegra:
Justiça para Juliana!
A CTB Minas manifesta sua solidariedade à professora e sindicalista Juliana Rocha, presidenta do Sindicato dos Servidores Públicos de Capitão Enéas, que foi vítima de violência brutal e tentativa de feminicídio neste sábado (27/4).
Em 2024, a cada 6 horas uma mulher foi morta vítima de feminicídio no Brasil e foram registrados cerca de 196 estupros por dia. Esses números não podem ser naturalizados. Precisamos, de forma urgente, de medidas reais e mais eficazes para garantir a segurança das mulheres, mas mais do que isso, são necessárias políticas públicas de combate ao ódio e à discriminação de gênero.
Repudiamos toda e qualquer forma de violência contra as mulheres. Exigimos que os culpados por esses crimes covardes sejam julgados e punidos de forma exemplar perante a lei.
Juliana, sinta-se abraçada por nós. Desejamos força nesse momento de tanta dor e estaremos na luta por justiça e até que todas as mulheres sejam livres e nenhuma precise lutar para defender a própria vida. Basta de violência!
Belo Horizonte, 27 de abril de 2024
CTB Minas Gerais