Em todo o Brasil, nesta quarta-feira (23), acontece a Paralisação Nacional pela Educação, organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE). Na Bahia, a APLB-Sindicato deu aula de cidadania na rua com ato na Praça da Piedade, em Salvador. A atividade contou ainda com música, poesia e repentes. No interior, as delegacias sindicais, também, realizam manifestações.
Segundo o coordenador-geral da APLB, professor Rui Oliveira, a atividade é por uma escola pública de qualidade, democrática e que respeita os profissionais da educação. “Nossa luta é contra a sobrecarga sobre a categoria, piso salarial não pago em muitos lugares, planos de carreira defasados e falta de suporte emocional, que impactam na qualidade do ensino. Valorizar a educação começa pelo respeito aos seus profissionais”, afirmou.
Para a dirigente Marilene Betros, é um dia de luta especial pelo piso salarial. “Teremos assembleia de Salvador nesta quinta-feira e, provavelmente, vamos parar e exigir o cumprimento da lei ao prefeito. Estamos nas ruas para dizer que a educação precisa ser valorizada, assim como o papel da coordenação pedagógica e dos profissionais da Educação”, destacou.
A deputada estadual Olívia Santana saudou os 73 anos de luta da APLB, que serão celebrados nesta quinta. “Nesse dia nacional pela educação, a CNTE e os sindicatos articulam a luta nas ruas de todo o Brasil. E a APLB está sempre realizando atividades importantes como essa. É importante educar para emancipar as mulheres, educar meninos e meninas para o respeito e contra a violência, educar nosso povo para construirmos uma sociedade melhor. O nosso mandato está à disposição”, enfatizou.
MARCHA NACIONAL
A paralisação nacional integra as ações da 26ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, uma campanha anual pela importância da valorização profissional, do investimento adequado e da gestão democrática nas escolas públicas. Alerta a sociedade para os riscos da transferência de recursos públicos para o setor privado e os perigos da privatização. A CNTE, também, mobiliza a categoria para a Marcha Nacional da Classe Trabalhadora, que acontecerá no dia 29 de abril em Brasília. O ato reforça a luta unitária pelos direitos dos profissionais da educação e da classe trabalhadora brasileira.