Fracasso de live no hospital reforça isolamento do Clã Bolsonaro

O ex-presidente foi indiciado em novembro do ano passado pela Polícia Federal (PF) junto com aliados - Evaristo Sá/AFP.

Com o propósito de manter acesa a chama da campanha pela anistia aos golpistas, que promove com o indisfarçável propósito de livrar a própria cara, o líder neofascista Jair Bolsonaro realizou uma live na UTI do hospital em que está hospedado, cuja audiência não chegou a 1 mil enquanto estava sendo transmitida.

Foi, como o 8 de Janeiro e a reunião com embaixadores, mais um tiro no pé.

O fracasso da iniciativa vai reforçar o isolamento político do ex-presidente e dos demais integrantes do Clã, como sugere o comentário da jornalista Bela Megale, reproduzido abaixo:

“Na noite de terça-feira (22), Jair Bolsonaro participou, diretamente da UTI do hospital DF Star, onde está internado em Brasília, de uma live com os filhos e o piloto Nelson Piquet.

“O foco do programa, que foi comandando por Flávio Bolsonaro, era fazer a propaganda de um capacete de grafeno lançado por uma empresa que tem o senador e seu pai como sócios. Também participaram da transmissão o vereador Carlos Bolsonaro e o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, que entrou por vídeo dos Estados Unidos.

“O cardápio da conversa girou sobre os temas que a família costuma abordar: a recente cirurgia feita pelo ex-presidente e sua recuperação, a tese de que Bolsonaro seria o único nome da direita para concorrer à Presidência e os ataques ao ministro Alexandre de Moraes. Um fator, porém, chamou a atenção de aliados: a baixa audiência.

“Durante a transmissão ao vivo, que durou quase duas horas, a live não chegou a atingir o público de 1 mil espectadores. Quando foi encerrada, a transmissão tinha 783 pessoas assistindo o material pelo YouTube, no canal de Flávio Bolsonaro, que tem mais de 650 mil inscritos. Na manhã de quarta -feira, a live tinha sido vista por mais de 16 mil pessoas.”

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