Na noite desta quinta-feira (10), movimentos populares, sindicais e estudantis se reuniram na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da Universidade de São Paulo (USP), para o lançamento do Plebiscito Popular 2025, que será realizado em setembro. A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) esteve presente no evento, marcando sua participação ativa no debate e na mobilização em torno da iniciativa.
O plebiscito propõe a consulta à população sobre três temas centrais para a justiça social no Brasil: o fim da escala 6×1, a redução da jornada de trabalho sem corte salarial e a taxação dos super-ricos — com cobrança de impostos sobre quem ganha mais de R$ 50 mil mensais e isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil.
O evento teve início com uma apresentação do Levante Popular da Juventude, que trouxe reflexões sobre os impactos da escala 6×1 na vida dos trabalhadores, especialmente os mais precarizados. A jornada exaustiva, com apenas um dia de descanso semanal, foi criticada por aprofundar a desigualdade e limitar o convívio familiar, o lazer e a saúde física e mental dos trabalhadores.
Carlos Rogério Nunes, secretário de Políticas Sociais, Esporte e Lazer da CTB, destacou a importância do envolvimento da Central nesse processo:
“Centenas de organizações populares que compõem os movimentos sociais brasileiros, incluindo o movimento sindical e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, estivemos presentes ontem no lançamento do plebiscito popular. A CTB faz um destaque para todas as nossas entidades, as CTBs estaduais e os nossos sindicatos filiados se engajarem com força para que nós possamos fazer o mais amplo movimento de votação de consulta popular, de plebiscito popular já realizado no Brasil. A gente destaca também a importância de setores religiosos como a CNBB e organizações de igrejas presbiterianas que estavam presentes também no nosso ato”, afirmou.
A proposta da consulta popular é fortalecer o diálogo com os trabalhadores e a sociedade em geral, promovendo maior consciência política sobre temas estruturais da economia e das condições de trabalho no país. A expectativa é que o plebiscito de setembro mobilize milhões de brasileiros em defesa de mudanças concretas que promovam mais justiça social