“A proposta da Sabesp — agora privatizada — de aumentar em impressionantes 600% a remuneração de seus executivos é um escândalo, um tapa na cara dos trabalhadores, da população paulista e da ideia de serviço público comprometido com o bem comum”, problematizou o presidente do Sintaema, José Faggian, em entrevista à Folha de São Paulo.
Para o Sintaema, sob a gestão do governador Tarcísio de Freitas, a Sabesp tem sido transformada em símbolo do que há de mais perverso no projeto neoliberal: cortar direitos de quem trabalha, atender de forma precária a população para engordar os bônus de quem já está no topo.
O Sintaema destaca que, enquanto “o novo “modelo de gestão” da Sabesp privilegia diretores com planos de saúde executivos, bônus milionários e salários que ultrapassam os R$ 50 milhões por ano, os trabalhadores enfrentam cortes nos seus próprios planos de saúde, perdas salariais, achatamento de suas carreiras e a sobrecarga no trabalho por falta da recomposição do quadro funcional que há anos vem sendo desmontado. Isso sem falar na precarização dos serviços e nas denúncias de redução até do cafezinho nas unidades operacionais. A ordem agora é economizar com o povo para premiar os engravatados da Faria Lima”.
Aumento da tarifa
A Sabesp justifica o pacote milionário como alinhamento com o mercado, mas esconde que a conta dessa farra será paga com tarifas mais altas, queda na qualidade dos serviços e com o suor de milhares de trabalhadores e trabalhadoras que mantêm a empresa de pé. Esse projeto não é sobre eficiência — é sobre transferência de renda do público para o privado.
Faggian reiterou na entrevista quea: “Tarcísio nunca teve compromisso com o povo de São Paulo. Desde o primeiro dia, trabalhou para entregar o patrimônio público ao capital financeiro, priorizando os lucros de acionistas e fundos internacionais, como a BlackRock, enquanto abandona a população à própria sorte”.
O Sindicato reafirma que a privatização não é solução — é o problema. “O que está em curso é um modelo de exclusão, elitismo e abandono social. Por isso, o Sintaema segue na luta, mobilizando a categoria, denunciando os abusos e defendendo o direito à água, ao saneamento e ao trabalho digno”.
Estamos em estado de alerta! É hora de unidade, resistência e mobilização para barrar os retrocessos e defender o que é do povo!
Informações: Sintaema.