Nenhum direito a menos: Sindicato dos Trabalhadores Assalariados Rurais retorna a base para comunicar fechamentos das Negociações Coletivas em Petrolina

Foto: Sttar Petrolina.

Depois de quatro meses de Negociações Coletivas sobre Convenção Coletiva de Trabalho – CCT 2025, o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais de Petrolina retorna às fazendas para conversar com a base a respeito do fechamento da pauta. A categoria conseguiu a aprovação do reajuste no salário-base de R$ 105, que foi de R$1.450 para R$ 1.555, e nenhum direito a menos.

Além disso, graças a luta sindical, os trabalhadores e trabalhadoras assalariados rurais do Vale do São Francisco terão previstos como garantia na CCT 2025 a permanência da carga horária de 6 horas trabalhadas no dia do pagamento; homologação das contas por tempo de serviço no sindicato, aviso prévio, multa dos 40% e liberação das guias do seguro desemprego para quem tem mais de 5 meses de contrato; horas pagas em dobro para quem trabalha nos feriados ou domingos e transporte gratuito. Os tratoristas tiveram ganho de R$ 106 e os Irrigantes de R$ 58, 29.

As Mesas de Negociações Coletivas tiveram início em 11 de dezembro de 2024, no entanto, a classe patronal não havia apresentado uma proposta vantajosa para a categoria. Nos dias 04 e 05 de fevereiro de 2025, a mesa foi retomada e o patronal trouxe uma proposta de cesta básica para os trabalhadores condicionada a retirada de direitos, entre eles estão algumas conquistas sociais que já fazem parte da Convenção Coletiva há anos.

Em 10 de fevereiro, o Sindicato foi até as fazendas para realizar assembleias, ouvir os trabalhadores e saber da base o que a categoria desejaria para as Negociações. Durante as visitas, ficou clara a insatisfação da classe trabalhadora a respeito da proposta apresentada pela classe patronal, principalmente sobre as pautas econômicas como: piso salarial e a oferta de uma cesta básica condicionada, além das condições precárias de trabalho em que alguns se encontram nessas fazendas.

Hoje no Vale do São Francisco os patrões se orgulham em dizer que exportam milhões, mas o trabalhador continua comendo boia-fria. Nós fomos ouvir os trabalhadores e decidimos fechar uma negociação sem nenhum direito a menos porque somos uma diretoria que tem responsabilidade com a nossa classe, e o próprio trabalhador deu a resposta, afirma a presidente do STTAR Petrolina Maria Joelma.

A Convenção Coletiva de Trabalho é uma norma que estabelece regras para as relações de trabalho da Fruticultura Irrigada do Vale do São Francisco em Pernambuco e todos os anos é atualizada com novas cláusulas. A CCT 2025 foi encaminhada ao Ministério Público do Trabalho e em breve será publicizada.

Informações: STTAR PETROLINA.

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