Municipários de Porto Alegre entram em greve a partir do dia 1º

Servidores da capital reivindicam 33,4% de reposição de perdas salariais, pagamento das progressões, vale-alimentação compatível, plano de saúde e fim das privatizações
Municipários de Porto Alegre entram em greve a partir do dia 1º
Assembleia dos municipários deliberou pela greve por tempo indeterminado a partir de 1º de abril
Foto: Simpa/ Divulgação

Após quatro anos sem reajuste dos salários pela inflação, os servidores públicos da prefeitura de Porto Alegre deliberaram em assembleia pela paralisação por tempo indeterminado a partir das 7h do dia 1º de abril. No dia 2, a categoria realiza nova assembleia para avaliar o movimento.

Em nota, o Sindicato dos Municipários (Simpa), afirma que a greve é uma resposta aos constantes adiamentos feitos pelo governo do prefeito, Sebastião Melo (MDB), que deixou de conceder a reposição da inflação nos salários e deixou de cumprir compromissos da negociação de 2023, como o pagamento das progressões e a parcela autônoma para os básicos abaixo do salário mínimo nacional.

O Comando de Greve vai organizar as atividades dos dois primeiros dias de movimento e encaminhar ao Executivo as deliberações de mobilização aprovadas na assembleia.

Antes da decisão dos municipários, na tarde de terça-feira, a direção do Simpa compareceu a uma reunião agendada com o governo municipal. Até aquele momento havia a expectativa de que o Executivo recuasse e apresentasse uma proposta para negociação. Mas a expectativa dos sindicalistas acabou frustrada. Melo não compareceu. Mesmo com a pauta de reivindicações protocolada há mais de um mês e diversos compromissos firmados desde 2023 sem uma resposta efetiva da gestão, os representantes do prefeito pediram mais 15 dias para conclusão de um estudo das finanças da Prefeitura. Somente depois disso o prefeito receberia o Sindicato para conversar, mas sem nenhum indicativo de avanço nas questões da data-base 2025.

“A cada ano, o governo Melo usa a narrativa da falta de recursos e apresenta novos problemas para manter o arrocho salarial, que já chega a 33,40% de perdas mensais nos salários e no vale-alimentação, somente com a falta de correção da inflação”, protestou o Comando de Greve em nota.

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