Bolsonaro no banco dos réus e a caminho da prisão

Terá início na manhã desta terça-feira (25) o julgamento que deve transformar o líder da extrema direita brasileira, Jair Bolsonaro, em réu e conduzi-lo, muito provavelmente ainda neste ano, à cadeia. A 1ª turma do Supremo Tribunal Federal (STF) analisa a partir das 9h30, se o ex-presidente deve virar réu ao receber a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O julgamento será transmitido pelos canais do STF e da TV Justiça no YouTube. Serão realizadas três sessões, duas nesta terça (às 9h30 e às 14h), e uma na quarta-feira (26), às 9h30.

A primeira turma é formada pelos ministros Cristiano Zanin (presidente da turma), Alexandre de Morais (relator), Luiz Fux, Carmem Lúcia e Flávio Dino.

Além de Bolsonaro, nesta primeira leva irão a julgamento e poderão se transformar em réu sete outros líderes da desastrada empreitada golpista. São eles

Alexandre Ramagem, deputado federal pelo PL – RJ;

Almir Garnier Santos, ex-comandante da marinha;

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal;

Augusto Heleno, general da reserva e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência;

Mauro Cid, tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens do governo Bolsonaro, que fechou um acordo de delação premiada com o Supremo Tribunal Federal (STF)

Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;

Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.

Após a provável aceitação da denúncia, que ocorre por meio de votação da primeira turma, uma ação penal será iniciada e os acusados se tornarão réus — nesta etapa, ocorre a fase de instrução, em que são apresentadas provas e depoimentos a serem analisados pela Corte.

A organização criminosa formada pelos denunciados é acusada, entre outros crimes, de tramar os assassinatos do presidente Lula e do vice-presidente, Geraldo Alckmin, a fim de extinguir a chapa vencedora de 2022; e o assassinato ou prisão de Alexandre de Moraes, na operação chamada de “Punhal Verde Amarelo”, cujo documento de mesmo nome foi elaborado e impresso no dia 9 de novembro de 2022.

Convencido de que não será poupado da prisão e vendo todos os recursos preliminares apresentados por seus advogados frustrados – incluindo a tentativa de impedir a participação dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin no julgamento -, Jair Bolsonaro procura desesperadamente refúgio no projeto da anistia para os golpistas, rejeitado pela maioria dos brasileiros, segundo os institutos de pesquisas.

A vontade soberana do povo brasileiro é a de que a Justiça seja feita e isto significa que os golpistas não podem permanecer impunes e que o destino final de Jair Bolsonaro é o Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal.

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