APLB realiza Conselho para organizar lutas; Rosa de Souza e Nivaldo Santana participam

Foto: APLB.

Para avaliar o cenário político, aprimorar a organização e unificar a linha de ação em 2025 na Bahia, a APLB-Sindicato realiza seu Conselho Geral em Salvador, de quinta-feira (20) até sábado (22), no Wish Hotel. A CTB marcou presença no início com a presidenta da CTB Bahia, Rosa de Souza, o vice Reginaldo Alves o dirigente nacional Nivaldo Santana.

Na abertura, o coordenador geral da APLB, Rui Oliveira, ressaltou a importância de reforçar a organização da categoria e do movimento sindical. “Vivemos um momento preocupante com o crescimento da extrema direita no Brasil e no mundo. Esse ano temos grandes desafios, que preparam a batalha de 2026. Vamos reforçar o movimento Mais Educação na Política para impedir retrocessos e a volta da direita no Brasil”, destacou.

A presidenta da CTB Bahia, Rosa de Souza, reforçou o compromisso da Central com a APLB e a luta em defesa da categoria. “Trago o abraço e a energia dos nossos sindicatos para essa categoria importante e essa entidade que sempre reforças as lutas populares na Bahia. Estamos com vocês na luta pelo piso nacional, pela valorização da categoria e a defesa da educação como instrumento de transformação social”, afirmou.

Segundo a dirigente Ivone Azevedo, “cerca de 235 delegados e delegadas representam 134 cidades debaterão temas de grande importância para os professores e professoras do estado”. A diretora Marilene Betros ressaltou que se trata do “maior conselho realizado pela entidade, em um ano desafiador e promissor, exigindo do Conselho definir bem os rumos da luta”.

MOMENTO POLÍTICO

Porta voz da categoria no Congresso Nacional, a deputada federal Alice Portugal (PCdoB) reforçou a importância do movimento sindical para combater a extrema direita. “Vemos vários países preocupados com as ameaças de Donald Trump que quer impor os interesses dos EUA ao mundo e promete apoio aos movimentos de direita em países importantes. Seguramente, a APLB e a categoria de professores saberão combinar as lutas por seus direitos com essa batalha maior, que vai se acirrar aqui no Brasil nas eleições do ano que vem. A luta pela educação de qualidade passa pelo fortalecimento da democracia, pela valorização dos profissionais da educação e pelo respeito aos direitos conquistados”, enfatizou.

Coube ao secretário de Relações Internacionais da CTB Nacional, Nivaldo Santana, debater sobre o momento político e os desafios do movimento sindical. “O mundo vive sob tensão, com várias guerras e a crise migratória, muito em função da crise do capitalismo, que se torna agressivo para atacar direitos e dominar nações. Vivemos uma nova ordem mundial, multipolar com novos polos de poder se contrapondo à hegemonia dos EUA, gerando conflitos e impactando outros países”, pontuou.

Em relação ao Brasil, o sindicalista destacou o momento difícil e contraditório para o governo Lula. “São vários dados positivos na economia, como crescimento do PIB, geração de empregos, queda do desemprego e da pobreza. Do outro lado, tem a alta da inflação dos alimentos, que toca no bolso da população. Isso explica um pouco a queda de popularidade do presidente, que já anunciou medidas como reforçar a CONAB, que ajudava a regular preços, mas foi desmontada por Bolsonaro. Também anunciou gás de graça para beneficiários dos programas sociais. Mas, a luta não será fácil”, destacou.

Nivaldo Santana apontou alguns caminhos propostos pela CTB. “É preciso reforçar a frente ampla e mobilizar as bases para que o governo consiga implantar as políticas de reconstrução do País e não fique refém do Centrão. Precisamos construir agendas que unifiquem bandeiras da classe trabalhadora e da sociedade. É colocar povo nas ruas para manter e recuperar direitos, e impedir a volta da direita ao poder em 2026”, disse.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.