Sob a presidência de Donald Trump os EUA retiraram a máscara que encobria o caráter imperialista de sua política externa. O novo inquilino da Casa Branca, empossado em 20 de janeiro, apresenta-se agora como um ditador do mundo e anuncia a intenção de realizar uma limpeza étnica na Faixa de Gaza, expulsando o povo palestino de sua terra e dela “tomando conta”.
“Todo mundo com quem falei adora a ideia de os Estados Unidos possuírem aquele pedaço de terra”, afirmou sem procurar disfarçar a desfaçatez e arrogância imperialista.
As declarações do bilionário neonazista, pronunciadas logo após uma reunião com o genocida Benjamin Netanyahu, líder do governo sionista de Israel, provocou uma forte onda de indignação na comunidade internacional e merece a firme condenação das forças democráticas e progressistas do Brasil e de todo o globo.
Convém ressaltar que quem classificou a pretensão desatinada do líder da extrema direita no Oriente Médio foi o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres. É um propósito que remete às atrocidades do nazifascismo e do colonialismo, bem como ao genocídio dos povos indígenas levado a cabo por governantes dos EUA, páginas sinistras e sanguinárias da história humana que as forças neonazistas ameaçam reescrever.
A CTB reitera sua inabalável solidariedade ao povo palestino, ao mesmo tempo em que condena e repudia com toda energia o plano colonialista de ocupação e limpeza étnica exposto pelo atual chefe do imperialismo estadunidense. A pacificação do Oriente Médio passa necessariamente pela solução de dois Estados apontada pela ONU e apoiada por uma ampla maioria de nações, o que exige o imediato reconhecimento da Palestina como Estado.
Conforme observou o secretário geral da ONU a proposta de Donald Trump pode “tornar impossível um Estado palestino para sempre”, além de fazer a história da civilização retroceder aos tempos do colonialismo. Por esta razão, não deve nem vai vingar.
Os EUA, capitaneados por uma plutocracia imperialista, são uma potência decadente e não vão lograr moldar as relações globais do século 21 de acordo com a vontade e os interesses de sua oligarquia neonazista.
São Paulo, 5 de fevereiro de 2025
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)