Durante os governos Temer e Bolsonaro a classe trabalhadora amargou anos de arrocho salarial. Este cenário foi alterado positivamente ao longo do governo Lula, refletindo o crescimento da economia, a recuperação do mercado de trabalho e políticas progressistas do presidente, cabendo destacar a política de valorização do salário mínimo.
Em 2024, 85% dos reajustes salariais consagrados em acordos e convenções coletivas foram por índices acima da inflação medida pelo IBGE (INPC), configurando ganhos reais.
Os dados foram coletados e elaborados pelos técnicos do Dieese. Indicam, ainda que 11,4% dos reajustes
de 2024 foram iguais à inflação e apenas 3,6% ficaram abaixo do INPC.
Trata-se do melhor resultado anual desde 2018, quando o Dieese começou a analisar todos os reajustes salariais registrados no seu Mediador.
Em relação às negociações das categorias selecionadas para análise, os principais destaques das últimas 12 datas-bases ficam com os
trabalhadores do turismo e hospitalidade; da indústria da construção e mobiliário; e os empregados nos serviços de transportes, todos com ganhos reais em mais de 90% dos acordos ou convenções coletivas.
Em relação aos pisos salariais, o maior valor médio negociado nas últimas 12 datas-bases foi observado entre os profissionais liberais (R$ 3.421,10); e o menor, na categoria dos empregados em serviços de turismo e hospitalidade (R$ 1.592,14).
Fonte: Dieese