País tem cerca de 800 mil trabalhadores autônomos na reciclagem; projeto foi desenvolvido em parceria com a Ancat
Entre as diversas atividades destinadas a cerca de 3 mil participantes, em sua maioria trabalhadores de cooperativas, foi anunciado o plano piloto do Conexão Cidadã, um projeto com a Ancat e a Fundação Banco do Brasil, que vai acontecer no Pará, Minas Gerais, Brasília, Paraná, Pernambuco e Sergipe.
São seis trilhas itinerantes que terão como público-alvo os catadores que não são organizados em cooperativa e pessoas que estão em situação de rua. Álvaro Campelo Macedo, assessor da Fundação Banco do Brasil, explica que o projeto Conexão Cidadã nasceu de uma parceria da Ancat com o governo federal, visando exatamente o atendimento aos catadores autônomos.
“Agora nesse primeiro momento vai atuar em seis capitais pelo país. E é exatamente para trazer a cidadania. É um público que muitas vezes não tem documento, tem a questão da saúde. Uma unidade móvel vai rodar nos principais pontos onde esses catadores se concentram para poder trazer esses serviços”, conta Macedo.
O projeto também vai contar com um módulo de capacitação para aqueles que querem se formalizar, por exemplo, por meio do Microempreenderdor Individual (MEI). Até mesmo, se for a vontade do catador autônomo, pertencer a uma cooperativa. “Assim, a gente entende que fortalece e eles conseguem ter mais acesso aos serviços públicos e aos benefícios e créditos que estão sendo realizados por esse governo”, destaca Macedo.
O Conexão Cidadã vai ainda prover atendimento médico aos catadores, por meio de teleconsultas, e o fornecimento de kits de trabalho para eles conseguirem coletar o material reciclável com mais segurança.
Segundo o Atlas da Reciclagem, produzido pela Ancat, hoje existem cerca de 800 mil catadores autônomos pelo Brasil, mas acredita-se que o número esteja defasado. A princípio, o projeto visa atender mil catadores por cidade, em um total de seis mil trabalhadores atendidos.
Informações: Brasil de fato.