FECOSUL cobra esclarecimentos do Grupo Carrefour sobre fechamento de lojas no RS

Foto: divulgação.

A Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do Rio Grande do Sul (FECOSUL) e os sindicatos de comerciários do RS cobraram explicações do Grupo Carrefour em reunião virtual realizada na manhã desta segunda-feira, 04. O encontro contou com a participação do Diretor de Recursos Humanos da empresa, Alberto Lacerda, e foi marcado pelo descontentamento em relação ao anúncio, divulgado pela imprensa, do fechamento das lojas Nacional Supermercados no Rio Grande do Sul.

O presidente da FECOSUL, Guiomar Vidor, expressou a indignação dos sindicatos e dos mais de 2.300 trabalhadores impactados diretamente pela decisão. Segundo Vidor, a falta de diálogo prévio com as entidades representativas demonstra uma postura desrespeitosa por parte do Grupo Carrefour em relação aos funcionários, que contribuíram ao longo dos anos para o sucesso da rede varejista no estado.

Impactos no RS e no Brasil

A decisão abrange o encerramento das atividades das marcas Nacional e Bom Preço em todo o Brasil, totalizando 64 lojas e mais de 4.500 trabalhadores afetados. No Rio Grande do Sul, serão fechadas 39 unidades, impactando 2.365 empregados distribuídos em diversas regiões do estado. O Grupo Carrefour Brasil manterá suas operações com as bandeiras Carrefour, Atacadão e Sam’s Club.

Negociações e pedido de reconsideração

Durante a reunião, Guiomar Vidor solicitou que o Grupo Carrefour reconsidere a decisão de venda e fechamento das lojas. Caso a decisão seja irreversível, a FECOSUL propôs que a empresa priorize a venda das unidades para outras redes do setor, com cláusulas que garantam a manutenção dos empregos ou deem preferência aos atuais funcionários na contratação pelas novas gestões.

Qualquer medida concreta, segundo a empresa, dependerá de uma manifestação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), esperada para o início do próximo ano. Ele também garantiu que nenhuma ação será implementada antes do fim de 2024.

Ações futuras

A FECOSUL já estuda medidas jurídicas e negociações coletivas para garantir os direitos dos trabalhadores, incluindo possíveis indenizações adicionais para os empregados afetados por esta demissão coletiva.

“Se a decisão do grupo for mantida, faremos o que for necessário para assegurar que os direitos da categoria sejam respeitados e que medidas compensatórias sejam aplicadas,” afirmou Vidor ao final da reunião.

As discussões entre as partes continuarão após a manifestação do CADE, em busca de soluções que minimizem os impactos sociais e econômicos dessa decisão abrupta no estado.

Informações: FECOSUL.

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