Sem anistia. Presidente da CTB diz que golpistas não podem ficar impunes.

Uma tramoia sinistra e estarrecedora foi descoberta pela Polícia Federal ao vasculhar os celulares de oficiais militares golpistas, incluindo um general, que foram presos na terça-feira (19) no âmbito da Operação Contragolpe. Entre outros crimes, eles planejaram o assassinato do presidente Lula, de seu vice, Geraldo Alkmin, e do ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Na opinião do presidente da CTB, Adilson Araújo, os fato devem ser rigorosamente apurados e os criminosos golpistas não podem ficar impunes.

“É necessário que paguem pelos crimes que cometeram contra a nação brasileira, em conformidade com o que prevê a legislação”, afirmou o sindicalista.

“Sem anistia”, acrescentou. “A impunidade vai incentivar novas investidas contra a frágil democracia brasileira. A Papuda deve ser o destino dos líderes do golpe, a começar por Jair Bolsonaro, um lobo que às vezes veste a pele de cordeiro, como agora ao proclamar a necessidade de ´pacificação´ e implorar por anistia”.

O relatório final da investigação da tentativa de golpe tem mais de 800 páginas.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados do primeiro escalão de seu governo foram indiciados pela Polícia Federal, nesta quinta-feira (21), por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

O líder da extrema direita brasileira é considerado o chefe maior da empreitada golpista.

O indiciamento ocorre no âmbito do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado no Brasil. A conspiração teria sido iniciada em em 2022 com o objetivo de evitar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República após sua vitória contra Bolsonaro nas urnas em novembro daquele ano.

Além de Bolsonaro, a PF indiciou o general da reserva do Exército Walter Braga Netto, que chefiava a Casa Civil e foi ministro da Defesa do governo neofascista; o general da reserva Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin); e Valdemar Costa Neto, presidente do PL.

As informações estão no relatório que foi entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) quinta-feira (21) e que teve trechos divulgados pela mídia. Outras 32 pessoas teriam sido indiciadas.

Foto: Juliana Barbosa/MST-PR

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