Com respaldo de Jair Bolsonaro, militares golpistas planejaram matar Lula, Alkmin e Moraes

Na medida em que avança as investigações sobre o complô golpista que culminou no fatídico 8 de janeiro detalhes sinistros e estarrecedores estão vindo à luz, aumentando o cerco sobre o chefe maior do neofascismo e da empreitada golpista, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Nesta terça-feira (19), a Polícia Federal prendeu quatro militares do Exército ligados às Forças Especiais da corporação, os chamados “kids pretos”: o general de brigada Mario Fernandes (na reserva), o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira.

Os “kids pretos” — também chamados de “forças especiais” (FE) — são militares da ativa ou da reserva do Exército, especialistas em operações especiais.

Além dos militares, o policial federal Wladimir Matos Soares, que fez parte da equipe de segurança do presidente Lula antes da posse, também vai ver o sol nascer quadrado na manhã deste feriado (20).

Mensagens de um celular do ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, indicam que esses personagens, que parecem ter sido extraídos de um filme de terror, planejaram o assassinato por envenenamento do presidente Lula, seu vice Geraldo Alkmin, e do ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Esses detalhes do planejamento golpista não constavam da delegação premiada de Mauro Cid, mas foram resgatadas de um celular seu, embora tivessem sido deletadas pelo dono.

O aval do chefe

O general de brigada Mario Fernandes, primeiro militar de alta patente preso até o momento, foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República em 2022 e também assessor parlamentar do deputado e ex-ministro da Saúde, o general negacionista Eduardo Pazuello.

Ele informou, em conversa com Mauro Cid recuperada pela PF, que Bolsonaro avalizou e autorizou o plano golpista pelo menos até o dia 31 de janeiro. O chefe do neofascismo brasileiro fugiu para os EUA no dia 30 de dezembro sob o pretexto de que não queria passar a faixa presidencial ao Lula.

A reunião que definiu detalhes da ação golpista, como o assassinato do presidente (que seria atribuído à esquerda pelos golpistas) e das demais autoridades foi realizada na casa do general Braga Neto, que foi ministro da defesa do governo Bolsonaro.

Papuda espera por Bolsonaro

A prisão do general Mario Fernandes e de outros oficiais do Exército é um sinal claro de que os chefes maiores da criminosa empreitada golpista, que incluía o magnicídio (crime que nem o regime militar cogitou), não ficarão impunes.

O ministro Gilmar Mendes prometeu nesta terça-feira (19) que os “autores intelectuais” do plano de assassinato serão devidamente punidos, no que foi interpretado como um recado velado a Bolsonaro.

Pelo andar da carruagem, o cerco sobre o líder da extrema direita, Jair Bolsonaro, se aproxima de um desfecho e cada dia vai ficando mais claro que o destino do ex-capitão está selado e a caminho: é 0 Complexo Penitenciário da Papuda. Não há de demorar, Quem viver verá!

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