Cúpula Social do G20, realizada de 14 a 16 de novembro no Rio de Janeiro, foi um marco importante para o diálogo social e a formulação de propostas voltadas ao combate à fome, à pobreza e à desigualdade. O evento, convocado pela Presidência Brasileira do G20, contou com a participação de líderes sociais e representantes de diversos segmentos da sociedade civil, culminando em uma declaração que destaca a urgência de ações globais em três áreas centrais: combate à fome e à pobreza, sustentabilidade e mudanças climáticas, e reforma da governança global.
Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), reafirmou o papel crucial da cúpula na luta por um mundo mais igualitário e soberano, destacando que os compromissos assumidos devem ser traduzidos em ações concretas durante a Cúpula do G20 que ocorrerá nos dias 18 e 19 de novembro. “A Cúpula Social do G20, propiciou um encontro de diálogo social. Em sua declaração final, foram reafirmados os compromissos de combate à fome, à pobreza e à desigualdade; além disso, a defesa do desenvolvimento sustentável e solidário, o problema do clima e a transição justa, e, consequentemente, uma reforma da governança que garanta o cessar-fogo e a paz mundial. A CTB esteve presente com o presidente Lula, com as autoridades. Seguimos conscientes do nosso papel na luta por um mundo justo, igualitário e soberano”, disse Adilson Araújo.
Principais temas abordados
Combate à fome, à pobreza e à desigualdade
A declaração enfatiza a necessidade de uma adesão global à Aliança Contra a Fome e a Pobreza, alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Propõe-se a criação de um fundo específico para financiar políticas públicas que garantam o acesso universal à alimentação adequada. A soberania alimentar é ressaltada como fundamental para erradicar a fome, promovendo práticas agroecológicas e respeitando as culturas alimentares tradicionais.
Sustentabilidade e mudanças climáticas
Os participantes destacaram que as populações mais vulneráveis são as mais afetadas pelas mudanças climáticas. A urgência em enfrentar essa questão foi abordada com base nas diretrizes do Acordo de Paris, defendendo uma transição justa para uma economia de baixo carbono. A criação do Fundo Floresta Tropical para Sempre (TFFF) foi sugerida como um mecanismo para proteger florestas tropicais e apoiar as comunidades que delas dependem.
Reforma da governança global
A cúpula também chamou atenção para a necessidade de reformar as instituições internacionais, especialmente o Conselho de Segurança da ONU, para refletirem a diversidade das vozes globais. A promoção do multilateralismo e da participação da sociedade civil foi considerada essencial para enfrentar os desafios contemporâneos e garantir a paz.
Conclusão
A Cúpula Social do G20 conclama os líderes mundiais a assumirem um compromisso sério com transformações profundas que abordem questões sociais, ambientais e econômicas. A mensagem é clara: é hora de agir com determinação e solidariedade para construir um futuro mais justo e sustentável para todos.