A Federação dos Comerciários da Bahia (FEC-BA) realizou nesta terça-feira (12/11) uma reunião ampliada para debater o planejamento de ações da entidade para 2025. Entre os participantes estavam o vereador Augusto Vasconcelos (PCdoB), a presidenta da CTB Bahia, Rosa de Souza, e o secretário geral da CTB nacional, Ronaldo Leite. Na ocasião foi feita também uma avaliação das campanhas salariais do último semestre e foram debatidos temas como a atual conjuntura, o resultado das eleições municipais e a Portaria do MTE sobre registro sindical.
“Discutimos aqui como reorganizar nossos/as trabalhadores/as para seguir na luta por emprego, melhores condições de trabalho e de salário”, disse Renato Ezequiel, presidente do Sindicato dos Comerciários de Salvador.
Outro assunto que tomou conta do debate foi o fim da escala 6×1, proposta da deputada Erika Hilton (PSOL) que pretende reduzir a jornada de trabalho no País, sem corte salarial.
“Este é um debate antigo do movimento sindical – luta pela redução da jornada de trabalho, mantendo a remuneração. Somos a favor do fim da escala 6×1. O Brasil detém uma das maiores jornadas de trabalho do mundo e para os comerciários ela é ainda maior. Segundo pesquisas, chegamos a trabalhar mais de 59 horas semanais, muitas vezes sem receber horas extras. Portanto, a FEC e os sindicatos filiados fortalecem esta luta e esperamos que nossos parlamentares apoiem os/as trabalhadores/as na votação desta proposta”, disse Jairo Araújo, presidente da FEC.
Para a Rosa de Souza, “o fim da escala 6×1 pode aumentar a geração de empregos no Brasil e vamos reforçar esta luta dentro das nossas bases”.
Um movimento nas redes sociais que pede o fim da escala de trabalho 6×1, em que os/as trabalhadores/as têm apenas um dia de descanso após seis dias consecutivos de jornada, ganhou força nos últimos dias. A campanha online, liderada inicialmente pelo vereador Rick Azevedo (PSOL-RJ), já angariou mais de 1,4 milhão de assinaturas. No âmbito nacional, um projeto de lei para acabar com o modelo de jornada é assinado pela deputada Erika Hilton (PSOL).
No Brasil, a escala de trabalho 6×1 está fundamentada na legislação trabalhista, especificamente na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que foi criada em 1º de maio de 1943. A escala em si não foi exatamente “criada” em uma data específica, mas mas se consolidou como prática baseada nas disposições da CLT, que regulamentam a jornada de trabalho e os períodos de descanso, sem citar nominalmente o modelo 6×1.
Informações: FEC-BAHIA.