A redução da jornada é uma bandeira histórica da classe trabalhadora, que voltou à ordem do dia em todo o mundo. Da parte da CTB, vamos dialogar com as centrais para construir um movimento amplo pelo fim da escala fim da escala 6×1 e pela redução da jornada de trabalho, sem redução salarial.
No Brasil, onde o tempo de trabalho em geral é longo e o salário muito curto, este anseio histórico da classe trabalhadora ganha corpo na luta pelo fim da extenuante jornada 6×1 e a redução do tempo de trabalho para 36 horas semanais, o que abre caminho à semana de 4 dias.
Em fase de coleta de assinaturas, as propostas ganharam as redes sociais, têm sido amplamente apoiadas pelos trabalhadores e trabalhadoras e posicionam o Brasil na vanguarda das discussões sobre a humanização dos ambientes de trabalho.
É uma luta estratégica para a nossa CTB contra à exploração e precarização do trabalho. Orientamos o conjunto da nossa militância à mobilização e conscientização da classe trabalhadora em defesa desta luta multissecular que tem por objetivo final a humanização das relações de produção e o bem-estar da sociedade.
Os efeitos de uma jornada menor não beneficiam apenas a classe trabalhadora, mas o conjunto da sociedade e da economia nacional. A contratação pelas empresas de mais trabalhadores e trabalhadoras para cobrir as horas reduzidas contribuirá para a diminuição do desemprego e, consequentemente, para a melhoria geral da economia nacional.
Para o trabalhador e a trabalhadora a redução da jornada eleva a qualidade de vida, reduz a incidência de doenças como o estresse e o burnout e gera bem-estar social.
A experiência histórica e a ciência mostram que a redução da jornada aumenta a intensidade e a produtividade do trabalho. Na Islândia, a introdução da Semana de 4 Dias é apontada como causa do crescimento de 5% do PIB em 2023, crescimento de 1,5% na taxa de produtividade, redução do desemprego A e aumento da satisfação e do bem-estar dos trabalhadores.
No Brasil, a redução da jornada sem redução de salários e aumento das horas extras deve estimular a criação de até seis milhões de novos postos de trabalho.
Adilson Araújo
Presidente da CTB