Nesta quarta-feira (16), em vista à construção das 150 unidades habitacionais no Bairro do Luxo, em Ibicaraí-BA, – obra do governo do estado da Bahia através da Conder – o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Industria da Construção e da Madeira no Estado da Bahia (SINTRACOM-BA), Carlos Silva, constatou que 39 trabalhadores estão trabalhando sem carteira assinada e a Carvalho Engenharia, empresa que venceu a licitação para a construção das casas, também não fornece café da manhã, almoço e cesta básica, direitos garantidos em nossa Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O presidente do SINTRACOM-BA destacou que a empresa não está cumprindo suas obrigações, como fornecer alimentação, e criticou a gestão que permite essa situação. Ele pediu uma mudança para que o contrato seja assumido por uma empresa que valorize os trabalhadores. “Temos três diretores na CONDÉ e já fizemos contato. Ela vai informar sobre a fiscalização do contrato, que não tem um fiscal fixo na CONDÉ, pois a gestão é feita em parceria com a prefeitura. Vamos acompanhar a situação, que não se resolverá rapidamente. Hoje, contagem aponta 39 trabalhadores no canteiro, mas a empresa não está fornecendo café, almoço ou a sexta básica, o que é inaceitável”, enfatizou.
Carlos Silva também enfatizou a necessidade de dignidade e respeito para os trabalhadores, ressaltando a falta de fiscalização no contrato da CONDÉ e a insatisfação com as condições atuais de trabalho. “O papel do sindicato não é radicalismo, mas lutar por dignidade para os trabalhadores, que são fundamentais na construção de tudo que vemos. O argumento de que assinar a carteira leva à demissão não se sustenta; as empresas sabem exatamente os custos e não entram em contratos sem planejamento”, ressaltou.
Por fim, o presidente denunciou a situação insustentável enfrentada pelos trabalhadores, afirmando que o atual tratamento é inaceitável. Ele pediu que o governo e a prefeitura transferissem o contrato para uma empresa que realmente respeite os direitos dos funcionários, alertando que, em caso de acidentes, a empresa apenas substitui os trabalhadores, agravando as dificuldades enfrentadas por todos. Ele reafirmou a determinação de não tolerar essa realidade. “É inadmissível o tratamento atual. O correto seria que o governo e a prefeitura transferissem o contrato para uma empresa que respeite os trabalhadores. Se um trabalhador se acidentar, a empresa simplesmente troca, deixando todos em dificuldades. Não vamos tolerar essa situação”