Por: Professora Francisca
Nesta terça-feira (15), comemoramos mais um Dia da Professora e do Professor, como ocorre em todo 15 de outubro no país inteiro. Em todos os anos falamos das imensas dificuldades enfrentadas por esses profissionais para o exercício de sua profissão.
Avançamos durante os governos Lula e Dilma com nossa luta e conquistamos o Piso Salarial Nacional e o Plano Nacional de Educação, com amplo debate na sociedade para vigorar por 10 anos.
Mas com o golpe de 2016 vieram os retrocessos. Severos cortes orçamentários na educação, dura perseguição aos profissionais e desprezo principalmente pela educação pública com projeto privatista e elitista.
Resistimos, nos mobilizamos, nos organizamos e a nossa luta ajudou a volta da democracia com a eleição do presidente Lula em 2022. Mas os resquícios do fascismo ainda são sentidos nos municípios e em boa parte dos estados brasileiros, como em São Paulo, por exemplo.
Muitos estados e municípios não pagam nem o piso salarial para os iniciantes na carreira. Poucos fazem concurso e os que fazem, como em São Paulo não contratam o suficiente para suprir a demanda.
Dessa forma, faltam professoras e professores, as salas de aula cada vez mais ficam superlotadas e o salário continua indecente. Não temos plano de carreira pra valer e não temos formação continuada, condições necessárias para a melhoria de nossas condições de trabalho e de vida.
Como acontece em São Paulo. Principalmente com a utilização de plataformas digitais que acarretam muitos problemas à vida profissional e não trazem nenhuma solução. Só mais dor de cabeça pela falta de qualidade e pela imposição autoritária.
Com isso, cresce o adoecimento da categoria. Porque nenhuma professora, nenhum professor pode ser feliz sem a valorização devida da educação, além de nenhuma sociedade evoluir sem professoras e professores valorizados.
Por isso, nesse Dia da Professora e do Professor, precisamos refletir muito que tipo de sociedade queremos legar para as novas gerações. Nós lutamos pela valorização da educação como uma das principais formas do país se desenvolver com justiça social.